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Tribunal libera carta com acusações de assédio sexual de ex-CEO da HP

Documento que resultou na demissão de Mark Hurd em agosto de 2010 se tornou público nesta semana

Mark Hurd não seguiu os princípios éticos da empresa (Getty Images)

Mark Hurd não seguiu os princípios éticos da empresa (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 12h49.

São Paulo - Mark Hurd, ex-CEO da Hewlett-Packard e atual CEO da Oracle, bem que tentou não tornar pública a carta que resultou a sua demissão na HP, mas não conseguiu.

Nesta semana, a Suprema Corte americana liberou o documento escrito pela advogada da ex-funcionária de Hurd, Jodie Fisher, com acusações de assédio sexual.

O site AllThingsD foi o primeiro a ter acesso à carta.

No documento de oito páginas, com data de 24 de junho de 2010, constam detalhes de episódios em que Hurd tenta "conquistar" sua ex-funcionária.

O executivo é acusado de incansavelmente tentar convencer Jodie a manter relações sexuais com ele. Além de marcar reuniões que mais pareciam um encontro romântico.

O documento também afirma que Hurd mostrava o quanto tinha uma vida financeira saudável e chegou até a apresentar seu saldo bancário de mais de 1 milhão de dólares a Jodie, com a intenção de convence-la a ficar com ele em troca de seu emprego.

Hurt também compartilhava com Jodie estratégias da companhia consideradas secretas, como a aquisição da Electronic Data Systems feita pela HP, em 2008.

Na investigação aberta pela HP, na época em que Hurd recebeu a carta, a companhia não considerou o episódio como assédio sexual, mas ponderou que seu  ex-CEO havia desrespeitado o código de conduta da empresa.

De acordo com a imprensa americana, nenhum porta-voz da HP e da Oracle e até mesmo Hurd não estavam disponíveis para comentar a decisão da Justiça de liberar o documento.
 

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