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Três consórcios fazem propostas por gasodutos da Petrobras

Segundo fontes, consórcios liderados pela Engie, pelo Macquarie e pelo fundo soberano Mubadala fizeram as propostas

Petrobras: a venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da Petrobras (Mario Tama/Getty Images)

Petrobras: a venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da Petrobras (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 07h45.

Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 09h10.

São Paulo - Pelo menos três consórcios, liderados pela francesa Engie, pelo grupo australiano Macquarie e pelo fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, fizeram propostas de compra de uma rede de gasodutos da Petrobras, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

Sexta-feira foi o último dia para a entrega de propostas, na primeira fase do processo de aquisição de uma participação de 90 por cento na Transportadora Associada de Gás, unidade da Petrobras, conhecida como TAG, que tem 4.500 quilômetros de gasodutos no nordeste Brasil.

A venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da Petrobras, que busca levantar 21 bilhões de dólares no biênio 2017-2018, enquanto a empresa tenta reduzir sua dívida de 95 bilhões de dólares, a maior da indústria global de petróleo.

A expectativa é que a venda da TAG seja uma das maiores do plano de desinvestimento da empresa. A Reuters publicou em outubro que 20 grupos, que se organizaram em consórcios, devido ao tamanho do negócio, estavam interessados em participar.

A expectativa é que o negócio atraia lances de 5 bilhões a 7 bilhões de dólares, segundo duas fontes.

Procurada, a Petrobras informou que não iria comentar.

A Engie disse apenas, em uma resposta por email, que está "interessada em investimentos em ativos no setor de gás e considera boas oportunidades no Brasil".

Macquarie disse que não iria comentar, enquanto o Mubadala não respondeu imediatamente.

Macquarie, maior administrador de fundos de infraestrutura do mundo, fez parceria com o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o fundo soberano de Cingapura GIC, de acordo com uma das fontes. CPPIB também não quis comentar, enquanto GIC não respondeu imediatamente.

O Mubadala fez parceria com a EIG Global Energy Partners LLC, de acordo com uma das fontes. EIG também não respondeu imediatamente.

A empresa brasileira Pátria Investimentos, que tem uma parceria com a norte-americana Blackstone, não apresentou uma proposta à petroleira brasileira, de acordo com as fontes, que falaram na condição de anonimato, porque o processo de concorrência é sigiloso.

As empresas brasileiras Cambuhy Investimentos, que gerencia investimentos da família bilionária Moreira Salles, e a Itaúsa Investimentos Itaú SA também se juntaram ao grupo Macquarie, de acordo com a fonte.

As fontes não detalharam quais parceiros foram escolhidos pela francesa Engie.

Pátria, Blackstone, Itaúsa e Cambuhy disseram que não iriam comentar.

Plano de dois anos

A Petrobras vendeu outra rede de gasodutos, no sudeste do Brasil, no ano passado, conhecida como Nova Transportadora Sudeste (NTS), para um grupo liderado pela canadense Brookfield Asset Management, por 5,2 bilhões de dólares.

Isso deixou a TAG com uma rede no nordeste conhecida como Nova Transportadora do Nordeste (NTN), que é responsável por uma menor parcela do consumo de gás natural do país.

Embora esteja vendendo uma rede menor, a Petrobras espera um preço mais alto, devido a melhores perspectivas de crescimento econômico após a recessão mais severa do Brasil em décadas, segundo duas fontes.

A estatal brasileira levantou 5 bilhões de reais (1,5 bilhão de dólares)na semana passada com a venda de cerca de 29 por cento de sua unidade de distribuição de combustíveis, a BR Distribuidora, em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Nesta semana, a empresa anunciou também a venda de 25 por cento do campo de Roncador, um dos maiores produtores de petróleo do Brasil, por 2,9 bilhões de dólares.

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