Negócios

Tremor no Japão atinge companhias como Volvo e Nestlé

A fabricante de automóveis disse que a concessionária em Sendai, perto do epicentro do terremoto, foi seriamente danificada

Volvo emprega 10 mil pessoas no Japão e teve seus estabelecimentos afetados pelos desastres naturais (AFP)

Volvo emprega 10 mil pessoas no Japão e teve seus estabelecimentos afetados pelos desastres naturais (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 14h08.

Londres - As companhias estrangeiras começam a contabilizar os custos do grande terremoto que atingiu o Japão. O tremor de magnitude 8,9 causou mortes e danos, sobretudo no norte, e desencadeou tsunamis devastadores em áreas costeiras. A fabricante de caminhões Volvo AB está entre as mais atingidas, uma vez que sua principal unidade no Japão teve de parar a produção. A companhia sueca disse que os danos na UD Trucks em Ageo, no sudeste do Japão, parecem ter sido superficiais, mas levará dias para que uma avaliação completa possa ser feita.

A Volvo emprega 10 mil pessoas no Japão, enquanto mais 3 mil trabalham nas concessionárias da UD Trucks. A Volvo disse que a concessionária em Sendai, perto do epicentro do terremoto, foi seriamente danificada e que ainda não pode dizer como outras concessionárias foram afetadas.

A concorrente Daimler AG disse que sua unidade Mitsubishi Fuso Truck and Bus Corp em Kawasaki sofreu danos leves e que a produção no Japão continua. A companhia informou que tem 12.836 empregados no Japão e que nenhum foi ferido.

A gigante da alimentação Nestlé SA disse que duas de suas unidades no Japão sofreram danos estruturais. O escritório de vendas da companhia suíça em Sendai foi atingido e uma fábrica em Kasumigaura foi fechada enquanto os danos são avaliados. Com sede em Kobe, a Nestlé Japan opera três fábricas e tem 2.200 empregados. Suas fábricas em Shimada e Himeji, que produzem café solúvel, não foram afetadas. "Neste estágio, as informações são de que todos os empregados da Nestlé estão a salvo", disse a companhia.

A Autoliv Inc., maior fabricante de produtos de segurança para veículos, tais como cintos de segurança e airbags, disse que a produção foi paralisada em uma de suas três unidades japonesas por causa de danos em sua infraestrutura. A Autoliv é fornecedora da Nissan Motor Co, Toyota Motor Corp, Mitsubishi Motors Corp, Honda Motor Co e Mazda Motor Corp. Com US$ 206 milhões, o Japão respondeu por 11% das vendas da Autoliv no quarto trimestre. O executivo-chefe da Autoliv, Jan Carlson, estava em Tóquio hoje para receber um prêmio da Toyota para sua companhia. Ele não foi ferido no terremoto.

A varejista Tesco PLC, que tem 142 unidades no Japão, disse que os produtos foram danificados em algumas lojas, embora nenhuma tenha sofrido danos estruturais nem seus funcionários tenham sofrido ferimentos.

Em meio aos temores de que o abastecimento de componentes técnicos cruciais feitos no Japão possa ser atingido, a fabricante de celulares Sony Ericsson disse que está em contato com seus fornecedores japoneses e até agora não recebeu relatos de danos maiores. A companhia, uma joint-venture entre a Sony Corp, do Japão, e a Telefon AB L.M. Ericsson AB, da Suécia, disse que seus cerca de 1.100 empregados em dois escritórios em Tóquio não foram atingidos e os prédios não foram danificados.

A concorrente Nokia Corp disse que ainda está avaliando o impacto comercial do terremoto, segundo seu porta-voz Tomi Kuuppelomaki. A companhia finlandesa tem apenas um pequeno número de funcionários e não possui unidades de produção no Japão, mas compra componentes de fornecedores japoneses.

A companhia de telecomunicações BT Group PLC disse que o serviço para alguns de seus clientes foi interrompido e que está trabalhando para restabelecê-lo.

Companhias incluindo a gigante farmacêutica Novartis AG e Roche Holding AG e o banco UBS AG disse que as operações não foram afetadas e seus funcionários estão a salvo. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisEmpresasEmpresas suíçasJapãoMontadorasNestléPaíses ricosPrejuízoTerremotosVolvo

Mais de Negócios

Maria Isabel Antonini assume como CEO do G4 Educação no lugar de Tallis Gomes

Elon Musk ou Steve Jobs? Responda perguntas e veja qual seu estilo de inovação

De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação

Ele transformou a empresa num "grande laboratório de testes". Hoje, faz R$ 217 milhões e mira o IPO