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Transmissão no YouTube cancela clássico de futebol no PR

Atlético-PR e Coritiba decidiram não disputar a partida após a Federação Paranaense de Futebol barrar a ideia de transmitir o jogo via YouTube

Coritiba: clubes anunciaram a “novidade” da transmissão via Youtube e classificaram a proposta da Globo pela compra dos direitos “absurda” (Reprodução/Coritiba.com.br/Reprodução)

Coritiba: clubes anunciaram a “novidade” da transmissão via Youtube e classificaram a proposta da Globo pela compra dos direitos “absurda” (Reprodução/Coritiba.com.br/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 12h01.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 16h11.

Ontem (19), aconteceu um fato que deve ficar marcado na história do futebol brasileiro. A partida entre Atlético-PR e Coritiba, pelo Campeonato Estadual, foi cancelada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). O impedimento está relacionado a transmissão do jogo.

Como ambos os clubes não chegaram a um acordo com as emissoras de televisão para comercializar os direitos de exibição, as entidades esportivas resolveram transmitir o jogo de uma forma independente e exclusivamente online pelos canais dos clubes no Youtube.

O formato inédito de transmissão, entretanto, não aconteceu, já que a Federação Paranaense de Futebol alegou problemas de credenciamento dos profissionais da produtora contratada pelos clubes para exibir a partida ao vivo no Youtube.

Como uma maneira de protestar, os clubes decidiram não disputar a partida sem a transmissão. Aproximadamente 20 mil torcedores ficaram a ver navios com a história e protestaram contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e contra a Globo.

No final da semana passada, os clubes anunciaram a “novidade” da transmissão via Youtube e classificaram a proposta da Globo pela compra dos direitos “absurda”.

Torcedores e parte da imprensa automaticamente associaram os fatos com o impedimento da exibição da partida por parte da federação. Confira abaixo a versão de cada um dos envolvidos na polêmica, incluindo a Globo.

Em nota oficial, a Federação Paranaense de Futebol afirma que “A não realização do jogo ocorreu por culpa exclusiva dos Clubes, que desobedeceram a ordem do árbitro de retirar profissionais não-credenciados do gramado onde se realizaria a partida.

A entidade ainda se defendeu das acusações dos clubes, que afirmaram que o principal problema para a FPF era a transmissão do jogo via web.

“A Federação em momento algum questionou a transmissão via WEB, entendendo que não havia qualquer tipo de impedimento para sua realização, inclusive acompanhou atentamente a iniciativa dos Clubes nesse novo meio de transmissão”, diz o texto.

Para responder o questionamento do público e parte da imprensa, o Grupo Globo também divulgou nota sobre o caso.

“O Grupo Globo não tem contrato vigente com o Atlético-PR e com o Coritiba nesta edição do campeonato paranaense. Portanto não temos relação com a decisão dos clubes e da Federação de não realizar a partida. Entendemos que cabe aos clubes dispor livremente dos direitos nos jogos em que se enfrentam, e estávamos cientes inclusive da transmissão via Internet”, diz o comunicado.

Por fim, o posicionamento emitido pelos clubes afronta diretamente a versão da Federação com relação aos motivos para o impedimento da partida. O texto ainda faz questão de lembrar o insucesso das negociações com relação aos direitos de transmissão dos jogos dos clubes.

“O Coritiba Foot Ball Club e o Clube Atlético Paranaense informam que o clássico deste domingo (19), no Estádio Atlético Paranaense, não foi realizado devido à decisão da Federação Paranaense de Futebol de não autorizar o início da partida com a transmissão dos clubes em seus canais oficiais, no Facebook e YouTube, contrariando os interesses de seus afiliados CAP e CFC. Os clubes lembram que a ação pioneira foi realizada, pois as duas equipes não venderam os direitos de transmissão de seus jogos no Campeonato Paranaense, por não concordarem com os valores oferecidos”.

Resta agora saber quais serão os próximos capítulos desta novela e a disposição dos clubes de levar adiante este “novo formato” de transmissão de seus jogos.

Este conteúdo foi originalmente publicado no portal AdNews.

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