Com dívidas de 1,1 bilhão de reais e sem operar vôos há quase dois anos, a Transbrasil vai tentar recorrer da decisão da Justiça de São Paulo, que decretou a falência da companhia aérea na última terça-feira (14/8). Os requerentes da falência foram duas empresas do grupo americano General Eletric.

Solano Camargo, advogado das empresas da GE, diz que os recursos possíveis não atrapalham os planos de solicitar à justiça brasileira e americana o confisco dos bens dos controladores da Transbrasil. Camargo acredita ser difícil a obtenção dos recursos, que só poderá ser conseguida no Supremo Tribunal Federal e no Supremo Tribunal de Justiça. "Em ambos os casos eles terão de provar que a decisão de terça-feira não está dentro das leis estaduais e federais", afirma o advogado.

A falência da Transbrasil foi decretada pela 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os quatro desembargadores envolvidos no julgamento do caso foram unânimes na decisão.

de acordo com o porta-voz da companhia, a Transbrasil trabalha com o banco Opportunity para reestruturar suas contas e operação. Atualmente, a empresa possui três Boing 767-200 (um deles deverá ser vendido, de acordo com determinação do Ministério Público, para pagar o passivo trabalhista de 25 milhões de reais) e 20 funcionários.