Sâo Paulo - A demanda por transporte aéreo dentro do Brasil disparou 32 por cento em março ante o mesmo período do ano passado, com destaque para o crescimento da Gol, que praticamente empatou com a TAM na liderança do mercado nacional, apontam dados da Agência Nacional de Aviação Civil.

A TAM se manteve agarrada à liderança do mercado doméstico, mas a margem de vantagem em relação à Gol voltou a recuar. Segundo a Anac, a demanda da TAM no mês passado cresceu 11,8 por cento no mercado doméstico, enquanto a Gol teve expansão de 38,5 por cento.

Com isso, a TAM encerrou o mês passado com uma participação de mercado de 41,75 por cento contra 41,44 por cento da Gol.

Às 11h18, as ações da TAM recuavam 0,32 por cento enquanto as da Gol subiam 0,17 e o Ibovespa operava praticamente estável.

"Março voltou a registrar forte aumento da demanda por transporte aéreo no Brasil e o acirramento da concorrência entre as companhias aéreas", afirma a Anac em comunicado.

O primeiro trimestre encerrou com alta de 35 por cento na demanda de voos nacionais.

Em março, a ocupação nos voos domésticos ficou em 65 por cento, contra 59 por cento no mesmo mês do ano anterior, período fortemente impactado pela crise financeira internacional que reduziu a demanda por viagens de negócios. No acumulado do primeiro trimestre a ocupação no mercado doméstica ficou em 71,6 por cento.

A WebJet, terceira maior empresa do setor, registrou demanda doméstica mais que duas vezes maior ante março de 2009, crescendo 104,1 por cento e encerrando o mês passado com 6 por cento de participação de mercado. A Azul teve um crescimento de 218 por cento, atingindo 5,2 por cento de participação. A Trip cresceu 108,4 por cento, passando a ter 2,1 por cento de market share doméstico.

Em relação à demanda internacional, o tráfego cresceu 10,8 por cento em março na comparação anual, sendo que no trimestre o crescimento foi de 12,8 por cento. A TAM se manteve dominante no segmento, com 85,25 por cento de participação contra 14,6 por cento da Gol.

Em março, a taxa de ocupação em rotas para o exterior operadas por empresas brasileiras ficou em 69,45 por cento. No trimestre a ocupação internacional atingiu 76,2 por cento.