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Trabalhadores da Volvo entram em greve

A paralisação ocorre um dia após a montadora anunciar que vai encerrar o segundo turno da produção de caminhões a partir de segunda-feira


	Volvo: a montadora avai encerrar o segundo turno da produção de caminhões a partir de segunda-feira
 (Raul Junior/EXAME.com)

Volvo: a montadora avai encerrar o segundo turno da produção de caminhões a partir de segunda-feira (Raul Junior/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2015 às 08h21.

São Paulo - Cerca de 2,5 mil metalúrgicos da Volvo em Curitiba (PR) entraram em greve ontem (8) por tempo indeterminado.

A paralisação foi deflagrada um dia após a montadora anunciar que vai encerrar o segundo turno da produção de caminhões a partir de segunda-feira.

A medida, segundo a empresa, deve resultar num excedente de 600 trabalhadores. Segundo o sindicato, a empresa divulgou na tarde de quinta-feira comunicado interno "ameaçando" iniciar as demissões de trabalhadores na segunda-feira, dia em que estão previstas novas assembleias.

Na última proposta apresentada, a empresa se dispôs a manter, até dezembro, os 600 empregos que se tornaram excedentes, mas com redução de 50% da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), para R$ 15 mil, e reajuste salarial neste ano apenas pela inflação, sem ganho real. O sindicato diz que a maioria dos trabalhadores rejeitou a proposta em assembleias no início da semana.

Em nota, a Volvo acusou o sindicato de nunca ter colocado a proposta em votação. "A empresa espera que o sindicato dos metalúrgicos apresente a proposta aos funcionários. A entidade conduziu assembleia hoje (ontem) pela manhã e não colocou a proposta em votação", disse. A montadora ressaltou que mantém o que foi proposto e que as medidas são uma maneira de evitar demissões na fábrica, em decorrência da acentuada queda nas vendas e da baixa atividade econômica.

No complexo em Curitiba, a Volvo possui cinco fábricas, onde produz caminhões, ônibus, motores, cabines de caminhões e caixas de câmbio. Segundo a empresa, a fábrica possui cerca de 4,2 mil funcionários. Desse total, aproximadamente 1,5 mil metalúrgicos foram afastados, por meio de bancos de horas, de 24 de abril a 5 de maio para adequar a produção à baixa demanda do mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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