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Trabalhadores da Flextronics fazem greve em Sorocaba

Paralisação atingiu setores de produção das unidades instaladas no distrito industrial, que somam quatro mil funcionários


	Sede da Flextronics: os grevistas reivindicam participação nos lucros da empresa
 (Wikicommons)

Sede da Flextronics: os grevistas reivindicam participação nos lucros da empresa (Wikicommons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h50.

Sorocaba (SP) - Três mil trabalhadores da Flextronics, fabricante de componentes eletrônicos, entraram em greve na manhã desta quinta-feira, 10, em Sorocaba, cidade a 92 km de São Paulo. A paralisação, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, atingiu os setores de produção das unidades instaladas no distrito industrial, que somam quatro mil funcionários. Os grevistas reivindicam participação nos lucros da empresa.

É a segunda grande indústria do setor metalúrgico na cidade a entrar em greve este mês. Cerca de 1,2 mil trabalhadores da montadora japonesa Toyota estão parados desde o último dia 2. As duas empresas estão entre as maiores do município.

A Flextronics, que tem clientes como Hewlett-Packard, IBM, Lemark e Positivo, possui parte da produção terceirizada. O sindicato informou que negocia desde junho um programa de participação nos resultados, mas a empresa não teria cumprido um acordo feito pelos trabalhadores. A greve foi decidida em assembleia, nesta manhã, no início do turno. Os trabalhadores optaram por voltar para casa. Procurada, a Flextronics confirmou a paralisação parcial e informou que estuda as reivindicações.

TRT

Após o oitavo dia de greve, a Toyota entrou com pedido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, para o julgamento da legalidade do movimento. Até esta tarde, o tribunal não havia se manifestado. Além de afetar a indústria, que deixou de produzir cerca de dois mil automóveis do modelo Etios, a paralisação comprometeu as principais sistemistas - empresas que fornecem equipamentos e serviços à montadora. Muitas mantêm parte dos funcionários em casa. Os grevistas, que reivindicam aumento no piso salarial e no vale-compras, recusaram as propostas de acordo feitas pela empresa.

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