Negócios

Trabalhador morre em loja do Carrefour, que se mantém aberta

Pelo Twitter, o Carrefour diz que mudou os protocolos e que agora as lojas devem ser fechadas em fatalidades como essa

O representante de vendas, identificado como Moisés Santos, tinha 53 anos e morreu de infarto, disse o Carrefour em nota publicada pelo Twitter (Nacho Doce/Reuters)

O representante de vendas, identificado como Moisés Santos, tinha 53 anos e morreu de infarto, disse o Carrefour em nota publicada pelo Twitter (Nacho Doce/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 11h58.

Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 12h09.

Um prestador de serviços morreu em uma loja da rede Carrefour em Recife, PE, na última sexta-feira, 14. O corpo foi coberto com guarda-sóis e cercado por caixas de papelão improvisadas enquanto o hipermercado se manteve funcionando. O caso aconteceu na zona oeste da capital pernambucana e gerou revolta nas redes sociais. 

O representante de vendas, identificado como Moisés Santos, tinha 53 anos e morreu de infarto, disse o Carrefour em nota publicada pelo Twitter. 

Ele não era funcionário do Carrefour, mas representante de uma empresa de alimentos fornecedora da varejista. A rede diz que mudou os protocolos e que agora as lojas devem ser fechadas em fatalidades como essa.

O corpo permaneceu na loja das 7h30 às 11h, aguardando a chegada do Instituto Médico Legal, disse o representante Renato Barbosa ao G1.

Pelas redes sociais, o Carrefour afirmou ainda que a equipe de prevenção e riscos do estabelecimento entrou em contato com o Samu e iniciou os primeiros socorros.

Em nota, o Carrefour diz que "errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo do Sr. Moisés". Confira o posicionamento abaixo.

"O Carrefour pede desculpas em relação à forma inadequada que tratou o triste e inesperado falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um ataque cardíaco, na loja de Recife (PE). A empresa errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo do Sr. Moisés.

Reforçamos que, assim que o promotor de vendas começou a passar mal, fizemos os primeiros socorros e acionamos o SAMU, seguindo todos os protocolos para realizar o socorro rapidamente. Após o falecimento, seguimos a orientação de não retirar o corpo do local.

O Carrefour também reitera que mudou as orientações aos colaboradores para situações raras como essa – incluindo a obrigatoriedade do fechamento da loja -, com objetivo de trazer mais sensibilidade e respeito ao conduzir fatalidades. Pedimos desculpas à família do Sr. Moisés e seguimos em contato para apoiá-los no que for necessário."

 

Matéria atualizada para incluir o posicionamento do Carrefour.

Acompanhe tudo sobre:CarrefourEscândalosGestão de pessoas

Mais de Negócios

Revolução em uma xícara: como a Nespresso mudou a forma como as pessoas tomam café

Maria Isabel Antonini assume como CEO do G4 Educação no lugar de Tallis Gomes

Elon Musk ou Steve Jobs? Responda perguntas e veja qual seu estilo de inovação

De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação