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Toyota vai transferir recursos de marketing para pesquisa e inovação

Empresa quer seguir exemplos de estratégias de marketing mais baratas e inovadoras

Lucro: a Toyota reportou um lucro operacional de 2,4 trilhões de ienes (US$ 21,68 bilhões) no mesmo período, tornando-se uma das montadoras mais lucrativas do mundo (Mike Blake/Reuters)

Lucro: a Toyota reportou um lucro operacional de 2,4 trilhões de ienes (US$ 21,68 bilhões) no mesmo período, tornando-se uma das montadoras mais lucrativas do mundo (Mike Blake/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 09h55.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 10h14.

Pequim - A montadora Toyota começou a reduzir os gastos, inicialmente com vendas e marketing, e a desviar os recursos para pesquisa que a ajudará a enfrentar novos competidores, disseram quatro pessoas familiarizadas com o assunto.

Uma das primeiras iniciativas da companhia foi cancelar contratos com a unidade chinesa de sua agência de publicidade e comunicação de longa data, a Dentsu, de acordo com as fontes.

O presidente-executivo da Toyota, Akio Toyoda, e o diretor financeiro e de risco, Koji Kobayashi, querem seguir o exemplo da Tesla, do Google e da Tencent - todas dependem fortemente de estratégias de marketing menos tradicionais, mais baratas e inovadoras.

Eles afirmam que as economias devem ser convertidas em investimento em tecnologias emergentes, incluindo veículos autônomos.

"Podemos registrar lucros recordes, mas não achamos que estamos acompanhando o ritmo deles de investimentos", disse à Reuters uma das fontes, uma autoridade sênior da Toyota.

Para isso, Kobayashi quer usar os recursos, antes destinados a marketing automotivo e despesas gerais, que no ano encerrado em março totalizaram 2,72 trilhões de ienes (24,66 bilhões de dólares).

A Toyota reportou um lucro operacional de 2,4 trilhões de ienes (21,68 bilhões de dólares) no mesmo período, tornando-se uma das montadoras mais lucrativas do mundo. A margem de lucro da empresa está em torno de 9 por cento.

Mas companhias como Google e Apple - agora competindo diretamente com a Toyota em tecnologia automotiva - apresentam números muito maiores.

Toyoda e Kobayashi veem forte contraste entre o lado hiper-eficiente das fábricas da Toyota e as operações de venda, de acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas porque não estavam autorizadas a falar com a mídia sobre o assunto.

A decisão de excluir a chinesa Dentsu de novos negócios com a montadora no próximo ano e reduzir projetos já aprovados mostra o quão sério são os esforços da Toyota para corte de gastos, disseram as fontes

A Dentsu, em Pequim, presta serviços de cerca de 50 milhões de dólares para Toyota anualmente.

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