Negócios

Toyota para produção por falta de componentes

Toyota: a parada deve ser mantida nesta quinta-feira, 26, e na sexta-feira, 27, e os cerca de 2 mil trabalhadores foram dispensados


	Toyota: a parada deve ser mantida nesta quinta-feira, 26, e na sexta-feira, 27, e os cerca de 2 mil trabalhadores foram dispensados
 (.)

Toyota: a parada deve ser mantida nesta quinta-feira, 26, e na sexta-feira, 27, e os cerca de 2 mil trabalhadores foram dispensados (.)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 13h53.

São Paulo - A Toyota, uma das poucas montadoras do Brasil que não adotou medidas de corte de produção neste ano e opera com horas extras, teve de suspender as operações no início da tarde da quarta-feira, 25, na fábrica de Indaiatuba (SP) por falta de peças.

A parada deve ser mantida nesta quinta-feira, 26, e na sexta-feira, 27, e os cerca de 2 mil trabalhadores foram dispensados.

A unidade produz o Corolla, líder no país no segmento de sedãs médios, cujas vendas cresceram 11,4% neste ano em relação ao anterior. A parada se deve a uma greve de funcionários na fábrica Intertrim, de Caçapava (SP), fornecedora de peças estofadas para bancos e tetos.

Os 715 trabalhadores da empresa estão parados desde o dia 12 e reivindicam reajuste salarial de 12%. Também querem ser representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, e não pelo Sindicato dos Têxteis local, como ocorre atualmente.

Segundo a Toyota, cerca de 320 carros deixarão de ser produzidos por dia. Não há informações se a unidade de Sorocaba (SP), onde é feito o compacto Etios, também foi afetada pela falta de peças.

A Toyota vendeu até outubro 118,6 mil veículos, 1,6% a menos que em 2014. O mercado total de automóveis e comerciais leves registra queda de 23,3%.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região, Sidalino Orsi Junior, disse que a Toyota opera em média com 2 horas extras diárias e em alguns sábados.

Lay-off

Na lista das empresas que enfrentam grandes dificuldades por causa da crise, a General Motors vai colocar em lay-off (suspensão temporária de contratos) 825 trabalhadores da fábrica de Gravataí (RS).

É a primeira vez que a medida, já adotada na fábrica do ABC paulista, será aplicada nessa unidade. A planta produz os modelos Onix (segundo automóvel mais vendido no país) e Prisma.

Os trabalhadores ficarão em casa por cinco meses a partir de 1º de dezembro. Outro grupo de operários das fornecedoras de peças que atuam no complexo também ficarão em lay-off, mas o número não foi divulgado.

Esses trabalhadores atuam no terceiro turno, que será suspenso. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dornelles, disse que a GM tem 28 mil carros no pátio da fábrica e de duas áreas alugadas, os estacionamentos dos autódromos Velopark e Tarumã, ambos na Grande Porto Alegre.

A GM não comentou o assunto ontem. "Estamos preocupados, e vamos brigar para garantir o retorno desse pessoal após o lay-off", disse Dornelles.

No lay-off, o funcionário recebe parte do salário pelo Fundo de Amparo ao trabalhador (FAT) - o equivalente ao salário desemprego -, em forma de bolsa qualificação. O restante é completado pela empresa, mas não há recolhimento de encargos trabalhistas, como FGTS.

As montadoras têm hoje 6,6 mil funcionários em lay-off, 35,6 mil inscritos no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz jornada e salários, e 2,8 mil em férias coletivas.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas japonesasAutoindústriaMontadorasCrise econômicaToyotaIndústria

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente