Nova Hilux 2021: modelo é líder em picapes médias (Toyota/Divulgação)
Juliana Estigarribia
Publicado em 17 de novembro de 2020 às 18h33.
Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 19h39.
A Toyota apresentou no início da noite desta terça-feira, 17, a Hilux 2021, líder da rentável e disputada categoria de picapes médias. O lançamento ocorre em um cenário favorável para o segmento, com vendas impulsionadas principalmente pelo agronegócio.
A Hilux tem como principais concorrentes diretas a S10 (GM), a Ranger (Ford) e a Amarok (Volkswagen). O segmento de picapes tem apresentado uma queda mais branda das vendas, com alguns modelos emergindo como destaques na pandemia, como a Strada, da Fiat.
"Mesmo com a pandemia, nosso mercado foi impulsionado pelo agronegócio", afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
A nova picape da montadora chega com visual renovado, após quatro décadas de produção. O modelo é produzido na fábrica da Argentina.
Houve mudanças nos faróis dianteiros, grade e para-choques. Internamente, todas as versões cabine dupla estão equipadas com sistema de áudio touchscreen de 8 polegadas.
Toda a linha Hilux 2021 -- incluindo as versões de cabine simples -- agora tem controle eletrônico de estabilidade, assistente de subida e controle eletrônico de tração. A novidade, porém, é o pacote de segurança ativa, o Toyota Safety Sense, com sistemas de pré-colisão frontal, de alerta de mudança de pista e piloto automático adaptativo, disponíveis na versão topo de linha.
A nova Hilux chega com preços a partir de 145.390 reais até 241.990 reais, nas versões cabine simples e dupla. O modelo também tem novo motor, com promessa de aumento de 15% de potência.
O lançamento da Hilux acontece em um momento favorável para o segmento de picapes, que tem no agronegócio um grande aliado em tempos de pandemia.
Chang acredita que o horizonte é de recuperação da economia brasileira, começando pelo final deste ano. Segundo o executivo, a expectativa é de forte demanda principalmente em veículos comerciais, onde está inserida a Hilux, com o agronegócio puxando as vendas.
No entanto, o alerta fica para a possibilidade de uma segunda onda de contaminação do coronavírus. "Se isso acontecer, teremos que reavaliar primeiramente como ficam nossos funcionários devido à questão da saúde, e como ficará a produção."
Durante a pandemia, a montadora precisou readequar sua mão de obra, que girava em torno de 6.000 funcionários no Brasil. O corte foi de cerca de 10% por meio de programas de demissão voluntária (PDV).
Para 2021, a Toyota projeta produção de 50.000 unidades na fábrica de Indaiatuba, São Paulo, onde a capacidade instalada é de 70.000 veículos. Já em Sorocaba a expectativa é de produção de 120.000 unidades, limite da capacidade.
"Durante a pandemia, muitas pessoas optaram pelo carro em vez do transporte público. Já estamos vendo uma retomada do mercado", diz Chang.