Bacia de Santos: empresa e parceiros conseguiram que os custos técnicos de exploração fossem "inferiores a US$ 20 por barril (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo/Reprodução)
EFE
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 11h50.
Paris - O grupo francês Total anunciou nesta segunda-feira a aprovação de investimentos para uma nova fase de desenvolvimento do Campo gigante de Libra, no pré-sal na Bacia de Santos, que é operado pela Petrobras e cuja exploração começou em novembro.
Esta fase, que representa a implementação de uma plataforma flutuante para a produção e armazenamento, com uma capacidade de 150 mil barris de petróleo diários e 17 poços, será desdobrada ao noroeste do bloco, que está localizado em águas profundas a 180 quilômetros do Rio de Janeiro, explicou a Total em comunicado.
A empresa francesa (que tem 20% no consórcio de Libra) destacou que junto com a Petrobras (40%) e os outros parceiros (Shell com 20%, CNOOC com 10% e CNPC com 10%), conseguiram que os custos técnicos de exploração fossem "inferiores a US$ 20 por barril".
O diretor-geral da atividade de exploração e produção, Arnaud Breuillac, afirmou que após a fase inicial de extração aberta em novembro, esta decisão de investimento reforça a sua carteira de projetos em construção e apoia o crescimento de sua produção depois de 2020.
Nesta fase inicial já em funcionamento, essa plataforma "pioneira" tem uma capacidade de 50 mil barris diários. Já à que agora planeja com este novo investimento, batizada "Mero 1", está previsto que se acrescentem outras três fases posteriormente para superar os 600 mil barris diários.
Segundo as estimativas publicadas no final de novembro pela Petrobras, as reservas recuperáveis nas áreas exploradas na área nordeste do campo de Libra (Mero) são de 3,3 bilhões de barris.
No total, Libra representa entre 8 e 12 bilhões de barris, o que se for confirmado se tonaria um dos campos de hidrocarbonetos mais importantes do mundo.