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Toshiba deve pedir concordata para unidade nuclear nos EUA

O objetivo da montadora é buscar uma rápida contenção das perdas antes do término do ano fiscal japonês

Toshiba: o pedido de concordata pelo capítulo 11 da lei de falências norte-americana, no entanto, não resolve o problema (Toru Hanai/Reuters)

Toshiba: o pedido de concordata pelo capítulo 11 da lei de falências norte-americana, no entanto, não resolve o problema (Toru Hanai/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de março de 2017 às 11h35.

Tóquio - A Toshiba quer que sua unidade nuclear nos Estados Unidos entre com pedido de concordata ainda na terça-feira, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, buscando uma rápida contenção das perdas antes do término do ano fiscal japonês.

Embora deva ajudar a divisão Westinghouse a limitar futuras perdas para Toshiba, o pedido de concordata pelo capítulo 11 da lei de falências norte-americana não resolve o problema.

Esse processo deve desencadear negociações complexas entre a Toshiba, a unidade nuclear e os credores, podendo envolver os governos dos Estados Unidos e do Japão, dada a escala do colapso e as garantias de empréstimos concedidos pelo Estado norte-americano para novos reatores.

Uma preocupação para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, é que o pedido de concordata dê ao presidente Donald Trump motivo para criticar empresas japonesas que operam nos Estados Unidos.

"A Westinghouse é um importante empregador e uma empresa da indústria nuclear com dois projetos novos em andamento em dois Estados diferentes, sendo um deles apoiado pelas garantias de empréstimos do Departamento de Energia dos Estados Unidos", disse George Borovas, diretor global do segmento nuclear no escritório de advocacia Shearman & Sterling.

O futuro da Toshiba e da Westinghouse já foi abordado em negociações bilaterais, com o ministro de Comércio do Japão, Hiroshige Seko, concordando em compartilhar informação sobre os desdobramentos das conversas em Washington com representantes do governo norte-americano, incluindo o secretário de Energia dos EUA, Rick Perry.

A fonte disse que a Toshiba está disposta a entrar com o pedido de concordata na terça-feira, já que prefere evitar fazê-lo um dia antes da reunião de acionistas na quinta-feira, na qual buscará aprovação para a venda de sua divisão de chips de memória.

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