Businessman riding a unicorn on arrow or symbol for a unicorn successful, Achievement, Leadership, Career, Vector illustration flat (pishit/Getty Images)
Mesmo com os solavancos enfrentados por startups em todo o mundo, uma coisa ainda é certa: há ainda um número significativo de firmas interessadas em injetar capital nas principais promessas do mercado. É o caso da TheNextBillion (TNB), empresa criada neste ano pelos executivos Fernando Dias e Omarson Costa e que está com R$ 10 milhões para investir em startups brasileiras de alto potencial.
A empresa surgiu para atender às principais dores percebidas pelos dois fundadores durante as rodadas de captação de recursos — ainda que do outro lado do processo. Investidores-anjo, eles percebiam a ineficiência na gestão do capital colocado em startups novatas.
“Tínhamos uma rede de conexões muito ricas antes das captações, mas depois que o dinheiro é investido falta orientação, falta avaliação de riscos para os investidores”, diz Costa, cofundador do negócio. “Queríamos mudar a forma, muitas vezes desorganizada, de fazer a gestão dos ativos”.
Com isso, a TheNextBillion nasce em 2022 com a proposta de ser uma “empresa de investimentos inteligentes”, ajudando investidores anjo a selecionarem as melhores empresas de tecnologia de pequeno porte do mercado e fazendo a gestão do portfólio do cheque em diante. Além disso, também tem o objetivo de auxiliar startups no planejamento e controle de projetos.
O modelo é parecido com o de outras redes de investidores anjo ou venture capital. A diferença, segundo o fundador, está na criação de uma área de gestão de projetos unificada nas investidas.
Com isso, as empresas passam a integrar uma única rede, que funciona como um ecossistema que propõe conexões e permite que a TNB não dê apenas mentorias, mas tome à frente em áreas como gestão financeira, de projetos e tecnológica. “Não é uma questão de aconselhamento corporativo. É de fato trabalhar nos pontos mais tocantes para as empresas e ajudá-las a agir”, explica.
Entre os serviços oferecidos pela empresa estão
Desde a sua fundação, a TNB já investiu em cinco startups, e pretende incorporar pelo menos mais 20 até o final do ano. Hoje a rede de investidores é formada apenas por pessoas físicas, mas a ideia é ampliar a base para também incluir empresas.
Para isso, a empresa anunciou um novo fundo de R$ 10 milhões, um capital que deve ser usado até meados de 2023. O recurso é dos próprios fundadores, dos 15 investidores da rede e de executivos com alguma experiência no investimento de startups no Brasil. “Apesar deste momento turbulento nas startups do mundo e empresas de venture capital, o horizonte de médio e longo prazo ainda será um diferencial e continua sendo necessário", diz Costa.
Com cheques que variam de R$ 2 a R$ 4 milhões, a TNB começou investindo em empresas do setor de alimentação, com uma startup que atuava como um marketplace. A primeira incursão no segmento motivou investimentos em outras empresas envolvidas na cadeia de valor desta empresa. “Mas nossa intenção é ir além desse setor e expandir”, diz.
Por trás da tese da TNB está o desejo em investir em empresas com boa gestão, capacidade de escala e com modelos de negócio comprovados. Como requisito, Costa destaca a importância das startups não serem deficitárias, ou seja, operarem em prejuízo. “Neste primeiro momento, esta é nossa única restrição. Estamos abertos e somos agnósticos a setores específicos”, diz.
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