Negócios

TIM cresce 12% no trimestre e tem lucro líquido de R$385,6mi

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 1,8% na comparação anual entre trimestres


	A receita bruta da TIM somou R$ 7,4 bilhões no trimestre (alta de 9,3% na comparação anual), sendo R$ 5,85 bilhões oriundos de serviços móveis, que cresceram 6,2%
 (FM-PAS/Flickr)

A receita bruta da TIM somou R$ 7,4 bilhões no trimestre (alta de 9,3% na comparação anual), sendo R$ 5,85 bilhões oriundos de serviços móveis, que cresceram 6,2% (FM-PAS/Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 15h33.

O balanço financeiro do segundo trimestre de 2013 da TIM Brasil (TIMP3) trouxe o que a operadora destaca como uma melhoria em praticamente todos os indicadores, refletindo "uma trajetória de recuperação gradual (...), apesar de um cenário macroeconômico mais difícil e o impacto previsto da nova redução das taxas de interconexão VU-M", nas palavras de seu presidente, Rodrigo Abreu, na mensagem da administração.

O lucro líquido somou R$ 385,6 milhões entre abril e junho, alta de 12% na comparação com o segundo trimestre de 2012. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 1,8% na comparação anual entre trimestres, para R$ 1,2 bilhão; e a margem EBITDA recuou de 26,6% para 24,9% no período.

A redução na VU-M impactou em R$ 30,7 milhões o EBITDA e, excluindo-se esse fator, o lucro líquido no trimestre teria alcançado R$ 405,8 milhões e a margem EBITDA seria de 25,3%.

A receita bruta da TIM somou R$ 7,4 bilhões no trimestre (alta de 9,3% na comparação anual), sendo R$ 5,85 bilhões oriundos de serviços móveis, que cresceram 6,2%. Destaque para o crescimento de 25,3% das receitas com serviços de valor adicionado, que fecharam junho em R$ 1,3 bilhão graças à forte adesão aos planos de dados Infinity e Liberty Web e à contribuição positiva do Infinity Torpedo.

A receita com venda de aparelhos também apresentou bom desempenho: alta de 49,2% em relação ao segundo trimestre de 2012, somando R$ 1,28 bilhão. A TIM reporta que 78% das vendas totais de aparelhos correspondem a smartphones ou webphones, que já ultrapassam 50% da base total da tele – penetração esta que era de 35,2% ao final de junho do ano passado. O preço médio dos aparelhos vendidos cresceu 5,1% devido à venda de aparelhos mais sofisticados.

As receitas brutas de serviços fixos, que incluem Intelig, TIM Fixo e Live TIM, por outro lado, caíram 31,1%, para R$ 285 milhões. A queda é justificada pela operadora pela reestruturação dos negócios da Intelig.

A receita líquida total chegou a R$ 4,9 bilhões, crescimento de 8,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado.


Dados operacionais

A TIM fechou junho de 2013 com 72,2 milhões de linhas móveis em serviço, 4,8% a mais do que um ano antes. Foram 963 mil de adições líquidas no trimestre, impactadas pelo que a operadora classifica de rígida política de desconexão no segmento pré-pago – foram 8,8 milhões de linhas desconectadas entre abril de junho deste ano, com taxa de churn estável em 12,3%. A base pós-paga totalizou 11,4 milhões de usuários, alta de 13,9% em relação a junho de 2012; dos quais 9,4 milhões de clientes de voz (+22,6%), 1,3 milhão de conexões machine-to-machine (queda de 17,5% no ano) e 769 mil usuários de banda larga móvel (redução de 8,4%).

A receita média por usuário (ARPU) caiu 0,7%, para R$ 18,10 e o total de minutos de uso por cliente (MOU) chegou a 148 minutos, 16% maior que no mesmo período do ano anterior.

Na banda larga fixa, a TIM somou 10,1 mil novos clientes no trimestre e seu serviço Live TIM fechou junho com base de 26,4 mil usuários. A TIM totalizou 6,3 mil edifícios conectados e mais de 804 mil domicílios cobertos. A tele confirma a meta de chegar a um milhão de domicílios cobertos até o fim do ano e possui mais de 300 mil clientes potenciais registrados em seu site.

Entre abril e junho, a TIM ativou mais de 50 hotspots e informou que 88,2% de seus sites com estações radiobase (ERBs) nas 14 principais cidades brasileiras já estão conectados com fibra própria. A segunda fase de seu projeto fiber-to-the-site (FTTS), que adaptará os equipamentos eletrônicos, iluminará a fibra e desviará o tráfego, segundo a operadora, está em desenvolvimento acelerado.


Custos e Investimentos

Os custos da TIM também aumentaram na comparação anual entre trimestres: alta de 11,2%, para R$ 3,7 bilhões, causada principalmente por vendas mais fortes de aparelhos e gastos com despesas gerais e administrativas. A operadora fez em maio o pagamento de R$ 328 milhões referentes à licença de 4G. Os custos dos produtos vendidos cresceu 44,5% e somaram R$ 912 milhões. Os custos de aquisição de cliente (SAC), por sua vez, caíram 4,9% no período e ficou em R$ 27,20.

A TIM investiu R$ 1,12 bilhão no trimestre, 6,2% a mais que no mesmo período de 2012, 95,3% dos quais direcionados a investimentos em infraestrutura para melhoria da qualidade e expansão da cobertura 3G e 4G, que chegam a 898 cidades e 7 cidades, respectivamente. Foram 149 novas cidades com 3G no período.

A dívida bruta da operadora estava em R$ 4,521 bilhões ao final de junho, concentrada 80,6% em contratos de longo prazo em financiamentos do BNDES, do EIB (Bando de Investimento Europeu) e do Banco do Brasil. A dívida líquida ao final de junho estava em R$ 1,98 bilhão e a relação dívida líquida/EBITDA é de 0,39x.

Acompanhe tudo sobre:3GBalançosEmpresasEmpresas abertasEmpresas italianasgestao-de-negociosOperadoras de celularResultadoServiçosTelecomunicaçõesTIM

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões