Thyssenkrupp: até 4 mil empregos teriam que ser cortados na joint venture (Wolfgang Rattay/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 08h43.
Última atualização em 20 de setembro de 2017 às 10h32.
São Paulo - A Thyssenkrupp e a indiana Tata Steel uniram nesta quarta-feira suas operações siderúrgicas europeias em um acordo preliminar que criaria a segunda maior siderúrgicado continente, após a ArcelorMittal .
O acordo não envolverá dinheiro, disse a Tata, acrescentando que ambos os grupos contribuiriam com dívida e passivos para alcançar uma parcela acionária equivalente e permanecerão investidores de longo prazo.
O memorando de entendimento desta quarta-feira, amplamente esperado depois que a Thyssenkrupp disse na semana passada que um acordo poderia ser atingido este mês, ressalta sinergias entre 400 e 600 milhões de euros, assim como redução de até 4 mil postos de trabalho, ou cerca de 8 por cento da força de trabalho conjunta.
As companhias dizem que precisam se consolidar para solucionar o problema do excesso de capacidade no mercado europeu de aço, que enfrenta as importações baratas da China e de outros lugares, demanda para construção reduzida e plantas de legado ineficientes.
"Ninguém conseguirá resolver problemas estruturais na Europa sozinho. Todos sofremos com o excesso de capacidade e isso significa que todos estão fazendo os mesmos esforços de reestruturação", disse o presidente-executivo da Thyssenkrupp, Heinrich Hiesinger, à emissora n-tv.
As ações da Thyssenkrupp subiram 3,2 por cento, impulsionadas pelas esperanças de que a joint venture também alivie o fardo em seu balanço, que será liberado de 4 bilhões de euros -a maior parte de passivos de pensões.
As ações da Tata Steel subiram 1,7 por cento.
"Isto é um importante catalizador positivos sustentando nossa tese de que a operação central de bens de capital da Thyssenkrupp merece um novo rating significativo", escreveu o analista Seth Rosenfeldem nova, reiterando sua recomendação de compra para a ação.