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Thyssen busca ofertas firmes por usinas nos EUA e no Brasil

Companhia abrirá os registros para os interessados em suas usinas siderúrgicas e vai pedir ofertas vinculativas pelas unidades deficitárias


	Thyssen disse em maio que considerava todas as opções para conter as perdas e se concentrar em seu negócio europeu
 (Sean Gallup/Getty Images)

Thyssen disse em maio que considerava todas as opções para conter as perdas e se concentrar em seu negócio europeu (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 09h27.

Frankfurt - A ThyssenKrupp abrirá os registros para os interessados em suas usinas siderúrgicas nos Estados Unidos e no Brasil e vai pedir para que as companhias façam ofertas vinculativas pelas unidades deficitárias, disse a companhia nesta segunda-feira.

A Thyssen disse em maio que considerava todas as opções pelas usinas, incluindo parcerias ou a venda, para conter as perdas e se concentrar em seu negócio europeu.

As unidades supostamente dariam à companhia um ponto de apoio nas Américas, mas a empresa vem lutando contra o aumento de custos e uma demanda fraca.

"Na segunda fase que agora foi iniciada, interessados selecionados terão a oportunidade de analisar as usinas sob a chamada 'due diligence' e realizar ofertas vinculativas", disse o grupo alemão em comunicado.

A siderúrgica reafirmou que as duas unidades que formam a Steel Americas --a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, e uma usina nos EUA-- podem ser vendidas em conjunto ou separadamente.

Duas pessoas próximas ao processo disseram à Reuters na semana passada que uma segunda rodada de ofertas seria encerrada na mesma semana e que o número de empresas interessadas caiu para cerca de meia dúzia.


As fontes disseram, na época, que entre as empresas interessadas estavam a U.S. Steel e a rival Nucor, assim como os grupos japoneses JFE Steel e Nippon Steel, e a brasileira CSN.

As ofertas finais têm prazo final de apresentação marcado para o próximo mês, segundo as fontes.

A sul-coreana Posco, a chinesa Baosteel e a mineradora brasileira Vale, a qual detém pouco mais de 25 por cento da unidade brasileira da ThyssenKrupp, não estão entre as empresas interessadas.

O presidente-executivo da Thyssen, Heinrich Hiesinger, disse que gostaria de vender as usinas separadamente por, pelo menos, o valor combinado de 7 bilhões de euros (9 bilhões de dólares), um valor que analistas veem com ceticismo.

Fontes disseram à Reuters no mês passado que a ThyssenKrupp pediu aos interessados que reenviassem as suas propostas por considerar os lances iniciais muito baixos.

A norte-americana AK Steel Holding também disse que talvez possa estar interessada nas duas usinas siderúrgicas.

A Steel Americas, divisão que inclui as duas usinas, registrou um prejuízo ajustado antes de juros e impostos de 778 milhões de euros para os nove meses até o final de junho e caminha para um prejuízo anual de mais de 1 bilhão de euros.

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