Negócios

Tesla paga processo milionário a ex-funcionário após acusação de racismo

Melvin Berry, ex-funcionário da Tesla, alegou que seus supervisores usaram inúmeras vezes uma palavra racista ao chamá-lo

Tesla: ex-funcionário ganha processo por racismo (Mike Blake/Reuters)

Tesla: ex-funcionário ganha processo por racismo (Mike Blake/Reuters)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 10h40.

A empresa de tecnologia Tesla, de Elon Musk, foi condenada a pagar uma indenização de 1 milhão de dólares ao ex-funcionário Melvin Berry após ele apontar que seus supervisores usaram inúmeras vezes uma palavra racista ao chamá-lo.

Berry, que trabalhou na Tesla entre 2015 e 2016, alega ter confrontado os superiores e, com isso, sido forçado a trabalhar mais horas. Em entrevista à Bloomberg, o ex-funcionário disse que está num processo de cura e agora foca na saúde mental após ter desenvolvido um quadro depressivo, com episódios de ansiedade e síndrome do pânico.

A decisão da Justiça ocorre após outros relatos de racismo na Tesla, incluindo denúncias de suásticas desenhadas nos banheiros da companhia.

Em 2017, a Tesla negou as alegações de Berry e de outros funcionários, afirmando que a empresa “é absolutamente contra qualquer forma de discriminação, assédio ou tratamento injusto de qualquer tipo”. Desta vez, nenhum comunicado foi oficializado.

O caso de Berry chama atenção por ser raro a justiça americana favorecer o empregado que relata racismo. No Brasil, muitas vezes, as denúncias de racismo também não chegam a ser prescritas conforme sugere a lei.

 

Acompanhe tudo sobre:Processos trabalhistasRacismoTesla

Mais de Negócios

Revolução em uma xícara: como a Nespresso mudou a forma como as pessoas tomam café

Maria Isabel Antonini assume como CEO do G4 Educação no lugar de Tallis Gomes

Elon Musk ou Steve Jobs? Responda perguntas e veja qual seu estilo de inovação

De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação