(Jeremy Moeller/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 17h12.
Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 13h17.
Os brasileiros que quiserem comprar um carro da Tesla (TSLA), marca de automóveis inteligentes do magnata Elon Musk, terão que esperar ainda mais até que a empresa escolha vir para o Brasil. Isso porque a marca anunciou que trará operações para a América Latina, mas deixou o maior país dela de fora dessa estratégia.
A bem da verdade, a escolha da Tesla para sua primeira loja física em continente sul-americano é um pouco estranha a primeira vista. O espaço será inaugurado no Parque Arauco, um luxoso shopping localizado na cidade de Santiago, capital do Chile. A informação foi obtida pela Bloomberg, que teve acesso a um e-mail de marketing enviado a clientes e replicado em algumas contas do X (antigo Twitter).
Segundo apuração da Bloomberg, a loja registrou o nome de Tesla Chile SpA em setembro do ano passado. A unidade física da marca na capital chilena vai não somente vender automóveis, como também fabricá-los. Além da comercialização dos carros inteligentes, a ideia é que por lá se desenvolvam também atividades relacionadas à "geração de energia e eletricidade".
Para agilizar o processo, a Tesla já teria inciado o processo de recrutamento dos funcionários para a nova loja, além de um diretor regional. Há vagas abertas no LinkedIn para três posições para oportunidades na América Latina.
A disputa pelo território sul-americano anda acirrada para as gigantes de tecnologia, e tudo indica que o campo dessa "batalha" vai começar no Chile. Enquanto a Tesla agiliza o processo para começar suas operações no país, a chinesa BYD avança com seus planos de lançamentos na capital. No ano passado, por exemplo, a marca lançou seu sedan Seal na capital chilena e, nesta terça-feira, 23, a BYD assumiu a primeira posição nas marcas mais vendidas no mercado chinês em 2023. A empresa comercializou cerca de 2,5 milhões de veículos no ano no país, frente aos 2,2 milhões de carros vendidos pela alemã Volkswagen.
A chinesa tem planos já divulgados de montar uma fábrica de cátodos no Chile, que estão mais próximos de se tornar realidade depois que a marca obteve acesso aos preços preferenciais para o lítio. Mas tanto a BYD quanto a empresa de Elon Musk tem o mesmo desafio: as vendas no país representam só 2,5%.