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Terra Peregrin faz proposta pela Portugal Telecom

A empresa é avaliada em 1,2 bilhão de euros


	Portugal Telecom: a Terra Peregrin deverá ser titular de no mínimo 50,01% das ações com direito a voto
 (Hugo Correia/Reuters)

Portugal Telecom: a Terra Peregrin deverá ser titular de no mínimo 50,01% das ações com direito a voto (Hugo Correia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 08h42.

São Paulo - A empresa Terra Peregrin, de Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, fez uma proposta pelo controle da Portugal Telecom avaliada em 1,2 bilhão de euros, poucos dias depois do grupo europeu Altice manifestar interesse nos ativos da empresa em Portugal por 7 bilhões de euros.

Isabel dos Santos é acionista da operadora portuguesa concorrente Nos, que pertence à holding Zopt, cujo outro acionista no bloco de controle é o grupo Sonae.

No domingo, 9, foi enviada à comissão portuguesa de valores (CMVM) anúncio preliminar de oferta pública de aquisição voluntária (OPA), intermediada pela Caixa Banco de Investimento, que visa a totalidade das ações ordinárias da Portugal Telecom ao preço de 1,35 euros, um prêmio de cerca de 11% sobre o último pregão.

A eficácia da oferta está condicionada a alguns pontos, entre os quais que haja suspensão imediata, até o 30º dia posterior à liquidação da oferta, do processo de fusão entre a PT e a Oi.

Sobre esse ponto, a Oi veio ao mercado nesta manhã informar que considera inoportuna qualquer alteração dos termos previamente acordados nos contratos com a Portugal Telecom celebrados em 8 de setembro a respeito da permuta de títulos de emissão da Rio Forte detidos por controladas da Oi em troca de ações de emissão da Oi detidas pela PT SGPS, além da outorga de opção de compra de um mesmo número de ações à PT SGPS.

A PT SGPS, que detém 25% da Oi, ficou com um calote em papéis comerciais no valor de 897 milhões de euros da Rio Forte, do Grupo Espírito Santo, em processo de falência.

A Terra Peregrin deverá ser titular de no mínimo 50,01% das ações com direito a voto, segundo o documento da OPA, e pretende obter autorização dos acionistas da PT, em assembleia geral, para chegar a uma participação superior a 10% das ações.

Também é pressuposto que não haja outra oferta de fatia superior a 10% no capital da Oi ou outras sociedades do grupo, em Portugal ou fora.

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