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Tepco planeja cortar até 5 mil empregos para cobrir custo da crise nuclear

Corte de trabalhadores será feito pela operadora para cobrir gastos com o desastre de Fukushima

A redução dos funcionários aconteceria a longo prazo, já que atualmente a companhia necessita de todos seus empregados para lidar com a situação da usina (Divulgação/Tepco)

A redução dos funcionários aconteceria a longo prazo, já que atualmente a companhia necessita de todos seus empregados para lidar com a situação da usina (Divulgação/Tepco)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2011 às 06h13.

Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da central de Fukushima Daiichi, planeja cortar entre três e cinco mil empregos, cerca de 10% de seu quadro de funcionários, como parte dos esforços para cobrir os custos da crise nuclear.

A televisão pública NHK informou nesta quarta-feira que o presidente da Tepco, Toshio Nishizawa, apresentou ontem a um painel do Governo seus planos para fazer frente às indenizações aos prejudicados pelo acidente nuclear. Enquanto isso, 80 mil famílias seguem longe de suas casas, localizadas em um raio de 20 quilômetros da central.

Por enquanto se desconhece a quanto chegará o custo total da crise, pela qual a Tepco pagou até agora indenizações provisórias de 112 bilhões de ienes (US$ 1,468 bilhão).

Segundo Nishizawa, citado pela NHK, a redução de elenco aconteceria a longo prazo, já que atualmente a companhia necessita de todos seus empregados para lidar com a crítica situação em Fukushima.

Além do corte de elenco, a Tepco já anunciou uma série de medidas para financiar os custos da crise, incluindo um programa de redução de despesas e venda de ativos.

Inicialmente, a companhia tinha previsto elevar entre 10% e 15% o valor da energia a partir do próximo ano fiscal, mas na semana passada retirou esse plano diante da onda de críticas de consumidores e do próprio Governo.

O devastador tsunami que assolou o nordeste do Japão em março danificou os sistemas de refrigeração da central de Fukushima Daiichi, o que provocou o pior acidente nuclear dos últimos 25 anos.

Tanto a Tepco como o Governo esperam levar os maltratados reatores atômicos de Fukushima ao estado de "parada fria" até janeiro de 2012.

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