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Tenda é vilã, de novo, no balanço da Gafisa do 3º trimestre

Segmento de baixa renda da companhia apresentou desempenho que puxou para baixo os resultados da construtora


	Construção de obra da Tenda
 (Divulgação/Tenda)

Construção de obra da Tenda (Divulgação/Tenda)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 13h53.

São Paulo – Os números apresentados pela Tenda, segmento de baixa renda da Gafisa, impactaram os resultados de toda a companhia no terceiro trimestre.  

No período, as perdas consolidadas da construtora somaram quase 10 milhões de reais, revertendo o lucro de 15,7 milhões de reais acumulado um ano antes. Excluindo os números da Tenda, a Gafisa somou lucro de 15,2 milhões de reais no terceiro trimestre.

Para Rodrigo Osmo, diretor executivo da Tenda, o período tem sido desafiador para a Tenda e ainda deve continuar no mesmo ritmo no quarto trimestre. “Trata-se, no entanto, de um mercado que está passando por um período de resiliência”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas e investidores, nesta segunda-feira.

As operações da Tenda somaram prejuízo de 25,2 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 40,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Nos primeiros nove meses do ano, as perdas totalizaram 80,6 milhões de reais – 34% menores que o prejuízo acumulado no mesmo período de 2013. 

Os lançamentos Tenda no terceiro trimestre caíram 11,9% e totalizaram 91,2 milhões de reais. Já as vendas contratadas tiveram queda de 76,1%, alcançando 35,8 milhões de reais. 

“Com relação aos lançamentos, a queda foi puramente operacional, pois enfrentamos dificuldades de aprovação junto aos órgãos públicos e bancos. Não se trata, no entanto, de problema de demanda”, afirmou Osmo.  

Outro número que pesou foi de distrato, que alcançou 150,7 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 106,4% na comparação com mesmo período de 2013 e 25,6% maior em relação ao trimestre anterior. 

“O nível de distrato ficou acima das expectativas, mas estamos trabalhando para reduzir esse patamar. A nova forma de contabilização de receita implantada em agosto deste ano deve começar a surtir efeito a partir do primeiro trimestre de 2015”, disse o executivo.

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