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Temer está avaliando proposta de parceria entre Boeing e Embraer

Presidente da Boeing disse que a empresa tem trabalhado em um acordo há anos, mas que ele não é essencial para a companhia norte-americana

Michel Temer: o Ministério da Defesa recebeu e reportou ao presidente, mas ainda há avaliação sobre a proposta e ainda restam dúvidas sobre o tema (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: o Ministério da Defesa recebeu e reportou ao presidente, mas ainda há avaliação sobre a proposta e ainda restam dúvidas sobre o tema (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 16h31.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 17h12.

Brasília - O presidente do Brasil, Michel Temer, está avaliando se apóia uma proposta de criação de uma empresa conjunta de aviação comercial entre Boeing e Embraer, disse nesta terça-feira o secretário de comunicação da Presidência.

O governo brasileiro se opôs a uma aquisição da Embraer pela Boeing e uma nova proposta envolve a criação de uma terceira empresa que inclui a unidade de aviação comercial da Embraer, maior fabricante mundial de jatos regionais, excluindo sua unidade de defesa. Qualquer acordo tem que ser aprovado pelo governo.

"Não há ainda nenhuma definição do governo sobre a parceria das empresas", disse à Reuters Marcio de Freitas, secretário de comunicação da Presidência. "O Ministério da Defesa recebeu e reportou ao presidente. Mas ainda há avaliação sobre a proposta e ainda restam dúvidas sobre o tema", acrescentou, sem dar mais detalhes.

O presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse este mês que a empresa tem trabalhado em um acordo há anos, mas que ele não é essencial para a companhia norte-americana. O porta-voz da Boeing, Phil Musser, afirmou em um email na terça-feira que uma combinação com Embraer seria "uma vitória para todos".

O jornal Valor Econômico, citando fontes próximas a Temer, informou que a Embraer ficaria com uma participação de 49 por cento da nova empresa. Mas pessoas familiarizadas com as negociações disseram à Reuters que a Boeing só concordaria com uma joint venture em que tenha entre 80 e 90 por cento da empresa e total controle operacional.

A parceria com a Embraer proporcionaria à Boeing uma participação de destaque no mercado de aeronaves de 70 a 130 lugares e criaria uma concorrência mais dura para o programa CSeries da canadense Bombardier e operado pala rival europeia Airbus desde o ano passado.

 

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