Projeto da Tembici em Bogotá conta com o patrocínio do Itaú, da Mastercard e da Vanti (Tembici/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 30 de setembro de 2022 às 14h31.
Última atualização em 30 de setembro de 2022 às 14h32.
Uma semana depois de renovar parceria com o Itaú no Brasil, a Tembici, startup brasileira especializada no aluguel de bicicletas, inicia mais uma etapa de sua expansão internacional. Depois de Chile e Argentina, a startup estreia nesta sexta-feira, 30, seu projeto de bicicletas compartilhadas em Bogotá, capital da Colômbia.
A Tembici tem como objetivo melhorar o ir e vir das pessoas e impactar positivamente as cidades, consolidando um projeto de micromobilidade urbana sustentável, econômico e eficaz e tornando as bicicletas protagonistas nos centros urbanos.
Com investimento acima de R$ 53 milhões, o projeto em Bogotá conta com o patrocínio do Itaú, da Mastercard e da empresa colombiana de gás natural Vanti.
Atualmente, 50% do faturamento da Tembici provém de patrocinadores dos projetos de bicicleta compartilhada, consolidando uma iniciativa que faz a diferença na vida das pessoas, contribui para o meio ambiente e a criação de cidades mais sustentáveis e funcionais.
Além do bike-share, estes investimentos permitem a realização de pesquisas e estudos de comportamento, sempre com o objetivo de avaliar os impactos do serviço e a sua contribuição na melhora da qualidade de vida, educação, conscientização da sociedade e no processo de humanização das cidades.
“A chegada em Bogotá sempre foi muito desejada e está sendo muito especial, por se tratar de uma região que possui uma grande identificação com a cultura e o uso da bicicleta, ou seja, o projeto de micromobilidade se comunica diretamente com os valores que acreditamos e proporciona um potencial de mercado enorme nesta nova fase de expansão pela América Latina” afirma Tomás Martins, CEO da Tembici.
O sistema na capital da Colômbia terá 3.300 bicicletas, sendo 1.500 elétricas, e 300 estações. O projeto contempla também:
As estações da Tembici serão distribuídas em cinco bairros:
Os locais são previamente definidos por meio de estudos e análises realizados pelo time de urbanistas da empresa, avaliando critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, possibilidades de maior demanda e integração com o transporte coletivo.
Outra novidade é a presença de pequenas oficinas de bicicletas gratuitas espalhadas pela cidade para que os usuários possam realizar pequenos ajustes, caso necessário.
Um estudo realizado pelo programa C40 Cities Finance Facility, do Reino Unido, estima que o sistema voltado para a micromobilidade, pode evitar a emissão de mais de 8,8 toneladas de dióxido de carbono, o equivalente à exclusão de 1.500 carros no trânsito de Bogotá.
"A capital colombiana é, sem dúvidas, referência em cultura da bicicleta. A primeira ciclovia da cidade tem quase 50 anos. E com a pandemia, a prefeitura incentivou o uso do pedal. Bogotá tem se destacado pela integração modal, com implantação de paraciclos em terminais de ônibus e metrôs e dezenas de quilômetros de ciclovias temporárias para promover a bicicleta durante a pandemia", conta Martins.
O projeto chega a cidade como um dos pilares de mobilidade sustentável e reforça o objetivo do poder público local de consolidar Bogotá como a Capital Mundial da Bicicleta.
"Atualmente, a cidade conta com mais de 550 km de estrutura cicloviária, cerca de 25% a mais que no Rio de Janeiro, por exemplo, que é uma cidade bastante adepta ao uso da bicicleta. Por isso, acreditamos que projeto tem um potencial enorme, tanto pela robustez do sistema que será um dos maiores da América Latina, como pelo incentivo da mobilidade ativa que já existe na cidade", conclui.
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