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Telefônica planeja manter investimentos abaixo de R$9 bilhões em 2020

Presidente Eduardo Gebara afirmou que companhia está disposta a explorar alternativas para ganhar eficiência em seu plano de expansão

Telefônica (Andrea Comas/Reuters)

Telefônica (Andrea Comas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 16h33.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 10h21.

São Paulo — A Telefônica Brasil, maior operadora de telefonia móvel do país, planeja manter os investimentos em patamares similares aos de 2019, disseram executivos nesta quarta-feira, após a companhia reportar lucros menores em função de maiores gastos com depreciação de ativos.

"Nosso teto é 9 bilhões de reais, mas o capex pode ser menor dependendo da nossa capacidade de executar com mais eficiência a expansão de fibra, 4G e 4.5G", afirmou a jornalistas o diretor presidente da companhia, Christian Gebara.

A subsidiária brasileira da espanhola Telefónica SA, que no Brasil opera sob a marca Vivo, elevou os investimentos em 8% no ano passado, para 8,844 bilhões de reais, em um esforço para modernizar sua infraestrutura para a chegada da tecnologia 5G.

Segundo Gebara, a companhia também está disposta a explorar alternativas como compartilhamento de infraestrutura para ganhar eficiência em seu plano de expansão. Em dezembro, a operadora assinou acordos com a rival TIM Participações SA envolvendo as redes 2G, 3G e 4G.

Oportunidades de aquisição também estão no radar, adicionou o executivo. "Se um ativo como a Oi estiver disponível, vamos avaliar as condições e características", comentou.

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, David Melcon Sanchez-Friera, a Telefônica Brasil conta com baixo nível de endividamento e tem espaço para contrair dívida se houver necessidade.

Mais cedo, a operadora reportou lucro líquido de 1,274 bilhão de reais no quarto trimestre, queda de 14,3% ante o mesmo período de 2018 e abaixo da média de estimativas compiladas pela Refinitiv, de 1,519 bilhão de reais.

Em termos recorrentes e excluindo a adoção das normas internacionais de contabilidade conhecidas como IFRS 16, no entanto, o lucro líquido caiu apenas 4,2%, para 1,486 bilhão de reais.

Já o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 23% na mesma comparação, para 4,967 bilhões de reais, superando o consenso de 4,463 bilhões de reais, de acordo com dados da Refinitiv.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o analista do UBS Vinicius Ribeiro observou que o controle de custos e ganhos de eficiência devem levá-lo a ajustar ligeiramente as projeções do banco para os resultados da Telefônica Brasil.

As ações da companhia subiam cerca de 0,8% por volta das 15:30 (horário de Brasília), elevando os ganhos até agora neste ano para pouco mais de 2%.

Gebara ainda citou tendência de melhora nas receitas da operadora, com a transição para fibra FTTH e a adição de novos clientes ajudando a Vivo a retomar o crescimento em linha fixa.

No segmento móvel, a Telefônica continua apostando na digitalização para reduzir custos e mira parcerias para ofertar ainda mais serviços aos clientes, acrescentou o executivo.

A empresa lançou um programa piloto chamado "Vivo Money" para concessão de crédito aos clientes. "Os resultados iniciais têm sido positivos e esperamos expandir o Vivo Money a partir do segundo semestre", disse.

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