Madri - O grupo espanhol Telefônica divulgou nesta quarta-feira, após requerimento do órgão regulador italiano da Bolsa de Valores (CONSOB), detalhes sobre a oferta apresentada ao grupo francês Vivendi pela Global Village Telecom (GVT).
Em comunicado enviado para a Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV), agência reguladora da Bolsa de Madri, a Telefônica aborda a oferta de "potencial aquisição" por parte da Vivendi de até 1,11 bilhão de ações ordinárias da Telecom Italia, representativas de 8,3% de seu capital.
Esta potencial transmissão de ações se produziria no fechamento da transação entre a Vivendi e a Telefônica Brasil, de forma direta ou por meio de um instrumento conversível, "por um valor em dinheiro baseado no preço médio de mercado das ações de Telecom Italia durante um certo período de tempo que será estipulado pelas partes".
Além disso, o comunicado acrescentou que se a Vivendi decidir adquirir esta participação "deverá aceitar não vender nem utilizar como cobertura tais ações antes de 31 de outubro de 2014".
Ontem, a Telefônica comunicou à CNMV que tinha apresentado uma oferta a Vivendi para comprar a GVT em uma operação avaliada em R$ 20,100 bilhões. A oferta contempla a venda de até 8,3% da Telecom Italia.
Caso a operação seja efetuada, a Telefônica sairia completamente da Telecom Italia para cumprir as exigências das autoridades reguladoras brasileiras, impostas no ano passado pelo fato da companhia ter participação na Vivo e na TIM.
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1. Heineken e a disputa pela Fraser %26 Neave
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1/7 (Germano Luders/Justin Sullivan)
São Paulo – Um mês atrás, a
Heineken fez uma oferta para comprar o controle da cervejaria Fraser & Neave, de Cingapura, por cerca de 4 bilhões de dólares. A companhia holandesa é parceira da F&N há mais de 80 anos. Na ocasião, a oferta foi considerada positiva para o mercado e atrativa para os acionistas da cervejaria asiática , até a Kirin, cervejaria japonesa e dona da Schincariol, entrar na jogada e anunciar que também tinha interesse no negócio. Dias depois, no entanto, o conselho da F&N anunciou que a Heineken era preferida, pois tinha oferecido uma proposta mais atraente para comprar o controle. Quando o mercado achou que a aquisição estava prestes a ser divulgada, mais um revés aconteceu: a oferta foi considerada baixa e a Heineken precisou oferecer uma nova proposta. No fim da semana passada, finalmente um acordo definitivo e irrevogável foi assinado pelas duas fabricantes de cerveja. A Heineken propôs compra a F&N por 4,5 bilhões de dólares e a oferta foi aceita pela cervejaria de Cingapura.
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2. Fusão entre Glencore e Xstrata
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2/7 (Sebastian Derungs/AFP)
Outra novela que está longe do capítulo final é a fusão entre as mineradoras
Glencore e Xstrata. Os primeiros boatos da união das operações da companhia surgiram em junho de 2011 e até hoje não se chegou a nenhuma conclusão. A nova companhia, que deverá se chamar Glencore Xstrata International, terá escala para produzir e negociar recursos naturais, incluindo metais, petróleo e grãos, em cinco continentes, e tem valor avaliado pelo mercado em 90 bilhões de dólares. A Glencore já avaliou abandonar a operação a fim de evitar o aumento do valor do acordo. O Catar, segundo maior acionista da Xstrata, exige que a participação monetária da companhia suíça seja maior. Até as autoridades antitruste da Austrália disseram que não vão se opor à operação. Resta agora as duas companhias de fato concluírem a fusão.
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3. CSA e ninguém interessado
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3/7 (Germano Lüders/EXAME.com)
Desde janeiro, a ThyssenKrupp, siderúrgica alemã, está tentando vender sua participação de 73% na
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na qual a Vale também é sócia, e não está conseguindo achar um comprador. Recentemente, a Usiminas e a Gerdau afirmaram que a aquisição da CSA não estava no radar. Outra possível compradora seria a CSN, que estaria aguardando, desde de junho, dados da companhia para avaliar a operação. Sabe-se que o setor siderúrgico não vive o melhor dos mundos. A atual crise é motivada pelo alto preço dos insumos, como minério de ferro, e pelo aumento da concorrência, principalmente de companhias chinesas desse setor.
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4. Demorou, mas a Dell comprou a Quest
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4/7 (Getty Images)
Em maio, a
Dell anunciou a compra da Quest por 2,4 bilhões de dólares, mas, dias depois, sem nenhum motivo aparente, as negociações entre as duas companhias foram rompidas. No mês passado, no entanto, a Dell reiterou o desejo de comprar a companhia de tecnologia pelo mesmo valor da oferta inicial e finalmente a operação foi concluída. Vale lembrar também que em março a Quest havia concordado em ser adquirida pela Insight Venture Partners por 2 bilhões de dólares, mas voltou atrás no negócio. Será a Dell ou a Quest a enrolada na história?
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5. Coty ainda quer a Avon?
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5/7 (Divulgação)
Embora já tenha caído no esquecimento, durante os meses de março, abril e maio deste ano, a Coty, companhia francesa de fragrâncias, tentou de todas as maneiras comprar a
Avon. A primeira oferta feita pela companhia, no valor de 10 bilhões de dólares, foi considerada hostil pela empresa de venda direta americana e rapidamente recusada. Dias depois, no entanto, a Coty aumentou a proposta para 10,7 bilhões de reais e a Avon disse que iria avaliar as condições do negócio, mas não chegou a dar nenhuma resposta formal sobre a operação. Aborrecida com a situação, a Coty retirou sua oferta de 10,7 bilhões, alegando que a maior companhia de venda direta de cosméticos do mundo não cumpriu p prazo para iniciar a discussão sobre um acordo proposto em março.
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6. Volks quer ser única dona da Porsche
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6/7 (Divulgação)
No início de junho, a
Volkswagen anunciou que compraria por 4,4 bilhões de euros o controle da montadora de luxo Porsche, mas, desde então, não se voltou mais a falar sobre a operação. A Volks é sócia da Porsche desde 2009, quando adquiriu participação de 49,9%, por 3,9 bilhões de euros. Durante anos, a montadora alemã estudou maneiras de se tornar a única dona da marca de automóveis de luxo. O acordo de aquisição está previsto para, finalmente, ser concluído neste mês. Agora, é aguardar para ver.
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7. Veja: 11 empresas brasileiras compradas por estrangeiras
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7/7 (Getty Images)