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Telebrás pode ter lucro operacional em 2013, diz Bonilha

A economia na contratação de equipamentos para a venda de infraestrutura de banda larga a ajudará a atingir o equilíbrio entre prejuízo e lucro no prazo, disse Caio Bonilha

A Telebrás fechou contratos para implantação da rede de infraestrutura com equipamentos e serviços no valor de R$ 269 milhões (Robo56 / Wikimedia Commons)

A Telebrás fechou contratos para implantação da rede de infraestrutura com equipamentos e serviços no valor de R$ 269 milhões (Robo56 / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 19h44.

S]ao Paulo - A Telecomunicações Brasileiras SA pode começar a ter lucro operacional a partir de 2013, antecipando em um ano a estimativa da empresa, disse seu presidente, Caio Bonilha.

A Telebrás fez uma economia “razoável” na contratação de equipamentos para a venda de infraestrutura de banda larga e isso a ajudará a atingir o equilíbrio entre prejuízo e lucro dentro de dois anos, disse Bonilha. Ele não revelou o total economizado. Em janeiro, o ex-presidente da companhia, Rogério Santanna, havia previsto lucros a partir de 2014.

“Tivemos um grande ganho nas nossas licitações porque os preços que obtivemos dos serviços que compramos foram melhores do que estávamos prevendo. Talvez possamos ganhar um ano de breakeven”, disse Bonilha em entrevista em 11 de julho, em Brasília. “Do ponto de vista operacional, já entramos no azul em 2013.”

Do total de R$ 1 bilhão pedido pela Telebrás ao governo para 2011, o Tesouro Nacional repassou R$ 350 milhões para investimentos na rede de infraestrutura de banda larga na rede Sudeste e Nordeste. Bonilha, que assumiu a empresa em primeiro de junho, disse que pedirá mais R$ 250 milhões neste ano para investir na rede que ligará as regiões Sul e Norte.

“Estamos acelerando processo de implantação da rede e dependendo do nosso fôlego para fazer o investimento, temos condição de termos mais recursos”, disse ele. “É um compromisso do governo como um todo.”

A Telebrás fechou contratos para implantação da rede de infraestrutura com equipamentos e serviços no valor de R$ 269 milhões, disse Bonilha. Segundo ele, a empresa irá pagar R$ 3 milhões em 2011 pelo aluguel das fibras óticas da Centrais Elétricas Brasileiras SA.

Contratos em 2011

A Telebrás foi reativada pelo governo federal em agosto do ano passado para ser a responsável pelo Plano Nacional de Banda Larga. O objetivo é levar o acesso à Internet, com uma tarifa de R$ 35 por mês, a 4.283 cidades brasileiras até 2014, dependendo do orçamento, disse Bonilha. A implantação do serviço é prioridade do governo Dilma Rousseff, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em 7 de janeiro.


A empresa vai incluir no orçamento de 2011 a previsão de receita com cerca de 25 contratos já fechados de venda no atacado de banda larga para pequenos provedores. A expectativa da Telebrás é fechar 250 contratos ao todo em 2011, disse Bonilha.

A Telebrás descarta emitir dívida ou vender ações no mercado para se capitalizar, disse Bonilha. O governo, segundo ele, está focado agora na implantação da rede de infraestrutura de banda larga e sua comercialização.

“O objetivo da empresa é implantar a rede de banda larga e criar valor pra essa rede em cima do que estamos implantando”, disse Bonilha. “Na medida em que vamos ampliando a rede, sedimentando a nossa estrutura, o caminho natural é dar liquidez às ações da empresa na bolsa.”

A Telebrás fechou em alta de 9,8 por cento, cotada a R$ 6,73, na BM&FBovespa. Os papéis acumulam baixa de 47 por cento neste ano.
Além da venda de Internet no atacado para provedores, a Telebrás pretende oferecer serviço a órgãos de processamento de dados do governo federal, como Serpro, Dataprev, Rede Nacional de Pesquisas do Ministério de Ciência e Tecnologia e setores de segurança pública, segundo o presidente da estatal.

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