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Technogym quer lucrar com feedback de atletas da Rio 2016

A fabricante de aparelhos de ginástica italiana está montando 15 academias olímpicas no Rio, nas quais obterá avaliações de atletas de alto rendimento


	Pessoas fazem ginástica: maior das instalações terá 2.000 metros quadrados
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Pessoas fazem ginástica: maior das instalações terá 2.000 metros quadrados (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 20h58.

A fabricante de aparelhos de ginástica italiana Technogym está montando 15 academias olímpicas no Rio de Janeiro, nas quais obterá avaliações de atletas de alto rendimento que poderão ajudar diretamente no desenvolvimento de equipamentos para uma indústria que investe cada dia mais em tecnologia.

A fornecedora de equipamentos atléticos de Cesena, na Itália, reunirá 1.200 máquinas de exercício no Rio e terá 50 personal trainers nos locais, diz Nerio Alessandri, presidente do conselho da fabricante, em entrevista.

A maior das instalações terá 2.000 metros quadrados, metade do tamanho de um campo de futebol. O investimento faz parte da estratégia para entrar na rede de contatos de atletas de ponta e de seus treinadores com o objetivo de promover a marca no Brasil e no mundo, diz Alessandri.

“A conexão com os atletas, treinadores e técnicos mais importantes do mundo é uma fonte muito importante de feedback para a inovação de novos produtos”, disse Alessandri, por telefone. “Trabalhar com os atletas nos dá a oportunidade de desenvolver equipamentos, de um lado, e programas de treinamento, do outro”.

Esta é a sexta vez que a Technogym fornece equipamentos para um evento olímpico. O conhecimento reunido pela empresa em edições anteriores dos Jogos Olímpicos a ajudou a desenvolver produtos como o Skillmill, uma esteira de piso curvado onde os usuários podem passar da corrida ao equivalente a empurrar um carro em ponto morto, o chamado sled push. A Technogym anunciou o novo produto no início deste ano e vai instalar cerca de 50 deles na Rio 2016.

Alessandri está olhando além da turbulência econômica e política que sacode o Brasil neste ano e tira vantagem da primeira Olimpíada na América do Sul para fortalecer sua marca no país mais populoso da região, onde já abastece redes de academias e hotéis. A empresa planeja doar cerca de 600 máquinas de exercícios para academias de comunidades carentes do Rio após as Olimpíadas. A empresa, com presença em mais de 100 países, também pretende expandir-se no Chile, Argentina e Colômbia nos próximos anos.

“É uma oportunidade muito grande em termos de visibilidade da marca”, disse Alessandri. “O Brasil não está na melhor situação, mas em termos de potencial e de interesse pelo esporte é muito forte”.

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