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TAM lidera projeto de produção de bioquerosene de aviação

Empresa firmou parceria com a Brasil Ecodiesel e com a Curcas para substituir combustíveis fósseis

Pioneirismo: a TAM realizou o primeiro voo com biocombustível na América Latina (Kirilos/Wikimedia Commons)

Pioneirismo: a TAM realizou o primeiro voo com biocombustível na América Latina (Kirilos/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 16h31.

São Paulo – A TAM anunciou nesta segunda-feira (6/12) uma parceria com a Brasil Ecodiesel e com a Curcas para a implementação de um projeto integrado de produção de bioquerosene de aviação no Brasil. O objetivo é substituir o combustível fóssil pelo renovável. A Curcas é uma empresa especializada no desenvolvimento de projetos de energia renovável. 

“Nesta fase inicial, serão feitos os estudos necessários para comprovação da sustentabilidade e da viabilidade econômica da produção. Esperamos iniciar a produção comercial em 2013”, afirmou em comunicado Rafael Abud, diretor executivo da Curcas. O grupo conta também com a colaboração da fabricante de aeronaves Airbus e da Air BP, unidade de distribuição de combustíveis para aviação da BP.

A TAM destinou uma pequena porção de terra agricultável para cultivo experimental de pinhão-manso – utilizada na fabricação do combustível – no Centro Tecnológico em São Carlos, no interior paulista. Os estudos de sustentabilidade serão conduzidos pela Universidade de Yale, dos Estados Unidos, e serão patrocinados pela Airbus.

“O projeto de estudo de viabilidade, tanto no campo agrícola como no processo industrial, será fundamental para dimensionar os impactos ambientais, sociais e econômicos da expansão de um bioquerosene e sua comercialização no país", explica  Paulus Figueiredo, gerente de Energia da TAM Linhas Aéreas.

O bioquerosene está em estágio avançado de homologação pela ASTM International (entidade internacional que formula padrões para diversos segmentos industriais) para que possa ser misturado ao querosene convencional em até 50% em voos comerciais. “O mercado de bioquerosene já é uma realidade tecnológica e a tendência é de crescimento diante da diretiva imposta pelo Parlamento Europeu que inclui a aviação como fator importante para as reduções de emissões de carbono”, afirmou José Carlos Aguilera, presidente da Brasil Ecodiesel.

O projeto encabeçado pela TAM teve início em 2009, quando a empresa adquiriu sementes de pinhão manso, por intermédio da Curcas, para realizar o primeiro voo experimental movido a bioquerosene na última semana de novembro.

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