São Paulo - As duas maiores companhias aéreas do Brasil encerraram maio com a menor participação de mercado somada, desde a quebra da Varig, em 2006. Juntas, as empresas responderam por uma fatia de 81,06% do mercado doméstico - 40,18% para a Gol e 40,88% para a TAM. De acordo com dados coletados no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), trata-se da menor fatia somada das duas, desde maio de 2006, quando as duas detinham 63,98%. Naquela época, a Varig ainda era uma empresa independente e respondia pela segunda posição nas rotas nacionais, com 31,61%.

Em junho daquele ano, a Varig começou a apresentar os primeiros problemas para manter seus aviões no ar. Naquele mês, a companhia suspendeu 61% dos vôos para o exterior e 30% das rotas domésticas. O objetivo era concentrar os serviços nas rotas mais rentáveis, a fim de contornar a grave crise financeira que se desenhava - e que desembocou em sua venda para a Gol, em 28 de março do ano seguinte, por um total de 320 milhões de dólares, incluindo a assunção de dívidas.

Pequenas decolam

Se as líderes se fortaleceram em um momento de crise da Varig, a progressiva perda de mercado de ambas deve-se à ascensão das pequenas companhias aéreas regionais. Apesar de algumas competidoras terem ficado pelo caminho nesses anos, o segundo pelotão da aviação civil brasileira está ampliando sua fatia, estimulado pela expansão da economia, aumento de renda e surgimento de centros urbanos regionais por todo o país.

Segundo os dados da Anac divulgados nesta segunda-feira (14/6), o maior salto entre maio de 2009 e o mês passado foi da Webjet. A empresa controlada por Guilherme Paulus - o fundador da operadora de turismo CVC - passou de 3,99% para 6,26% de participação de mercado. Com isso, ocupa agora a terceira posição no ranking das aéreas brasileiras.

Em seguida vem a Azul, com 5,93%, ante 4,16% no mesmo mês de 2009. A Avianca cresceu de 2,88% para 3,17% de mercado. Já a Trip passou de 1,32% para 2,53%. Enquanto isso, a fatia da Gol baixou de 42,02% para 40,18%. Já a TAM apresentou um recuo mais forte: de 44,91% para 40,88%. Assim, a soma de participações caiu de 86,93% para 81,06%.

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