Negócios

Takata se declara culpada em caso de "airbags mortais"

Pelo menos 16 mortes foram ligadas à explosão dos airbags Takata. Os defeitos levaram a um recall mundial de 31 milhões de veículos

Show room do grupo japonês Takata, fabricante de peças automotivas (KAZUHIRO NOGI/AFP)

Show room do grupo japonês Takata, fabricante de peças automotivas (KAZUHIRO NOGI/AFP)

R

Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 20h39.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2017 às 22h34.

Detroit - A empresa japonesa Takata se declarou culpada nesta segunda-feira de uma acusação criminal, como parte de um esperado acordo de um bilhão de dólares com o Departamento de Justiça, que inclui fundos de compensação para fabricantes de carros e vítimas dos seus airbag defeituosos.

Após a declaração de culpa, um juiz federal em Detroit estava ouvindo objeções ao acordo levantadas por advogados de algumas vítimas do equipamento da Takata, que argumentam que o acordo vai ser usado pelos fabricantes de carros para evitar responsabilidade, disse um funcionário do tribunal.

A Takata espera ganhar a aprovação do tribunal para o acordo, um obstáculo chave para assegurar o apoio de um investidor ou comprador que possa financiar um esforço de recuperação e ajudar a lidar com os bilhões de dólares em custos relacionados com o maior recall já feito na indústria automotiva.

Advogados de proprietários norte-americanos processaram a Honda, a Nissan, a BMW, a Ford, a Mazda e outros fabricantes, alegando que eles há anos sabiam sobre os airbags defeituosos, mas continuaram usando o equipamento.

Pelo menos 16 mortes foram ligadas à explosão dos airbags Takata. Os defeitos levaram a um recall mundial de 31 milhões de veículos por dez fabricantes desde 2008. Todas as mortes, com exceção de uma, ocorreram em veículos Honda.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-transitoCarros

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico