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Synthos planeja fábrica de borracha sintética no Brasil

Fábrica da produtora polonesa usará matéria-prima fornecida pela petroquímica Braskem


	Logo da Michelin em um pneu: fábrica da Synthos produzirá uma borracha sintética baseada na tecnologia da Michelin
 (Mark Thompson/Getty Images)

Logo da Michelin em um pneu: fábrica da Synthos produzirá uma borracha sintética baseada na tecnologia da Michelin (Mark Thompson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 19h56.

Varsóvia - A produtora polonesa de produtos químicos Synthos planeja abrir uma fábrica de borracha sintética no Brasil, baseada na tecnologia da Michelin, que usará matéria-prima fornecida pela petroquímica Braskem.

A Synthos também disse em comunicado publicado nesta segunda-feira que assinou um acordo condicional de 15 anos com a Braskem avaliado em cerca de 1,49 bilhão de dólares para o fornecimento de butadieno para a futura fábrica, no complexo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul.

O objetivo é fabricar borracha de neodímio-polibutadieno, usado na produção de pneus de alta performance para carros e caminhões e outros produtos técnicos.

"Considerando a crescente demanda por borracha sintética no Brasil e outros países da América do Sul, não temos como objetivo substituir a produção local, mas tentar substituir importações na região", disse o presidente-executivo da Synthos, Tomasz Kalwat, em comunicado à imprensa.

Um acordo de 20 anos da Synthos com a fabricante de pneus francesa Michelin, também foi assinado. O acordo envolve licenciamento para a produção de borracha sintética e transferência de conhecimento para a Synthos.

"A compra da licença da Michelin e do know how irá levar a um aumento da capacidade do grupo (Synthos) em termos de borracha sintética baseada em butadieno para cerca de 80 mil toneladas por ano", disse Synthos, acrescentando que a fábrica foi planejada para 2017.

Todos os acordos estão condicionados à Braskem assegurar contratos de longo prazo para o fornecimento às fábricas. A Synthos disse que isso ainda não foi realizado e todos os acordos serão anulados caso essa condição não seja atingida em 30 de junho do próximo ano.

A empresa polonesa acrescentou que terá o direito de rejeitar unilateralmente o acordo com a Braskem caso a condição mencionada não for atendida até 30 de junho de 2014.

Procurada, a Braskem apenas confirmou o contrato para suprimento de butadieno e "utilidades, como água e vapor", com a Synthos, no Rio Grande do Sul.

Atualizada às 19h55min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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