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Swissport planeja diversificação no Brasil

A Swissport planeja a expansão de suas atividades no Brasil com a diversificação de seus serviços, como forma de garantir rentabilidade


	Aeroporto: Swissport planeja a expansão de suas atividades no Brasil com a diversificação de seus serviços, como forma de garantir rentabilidade
 (Danilo Verpa / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

Aeroporto: Swissport planeja a expansão de suas atividades no Brasil com a diversificação de seus serviços, como forma de garantir rentabilidade (Danilo Verpa / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2015 às 11h57.

São Paulo - A Swissport, empresa de serviços aeroportuários de apoio terrestre (o chamado "handling"), planeja a expansão de suas atividades no Brasil com a diversificação de seus serviços, como forma de garantir rentabilidade.

Atualmente focada principalmente nas atividades "de rampa" (como carregamento de bagagem, manobra de aeronave) e "de passageiros" (serviços de check-in, transporte do e para o avião), a empresa quer ampliar o portfólio de serviços oferecidos no País e incrementar sua atuação em outros segmentos de atividades, como aviação executiva e serviços ligados à segurança.

Com isso, a expectativa é obter um crescimento de 8% em 2015, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o vice-presidente da companhia para a América Latina, Jose Canales. A oferta de novas atividades pode vir por meio de aquisições ou parcerias, e também pela introdução de serviços adicionais ofertados pela Swissport no exterior nos contratos de clientes atuais, como a limpeza profunda das cabines, entre outros.

Canales lembrou que no ano passado a companhia incorporou a Servisair, ampliando o portfólio de serviços que oferece globalmente. A Servisair não atuava no Brasil, mas era líder mundial em alguns tipos de serviços, como lounge, por exemplo, que pode ser trazido no País. Neste caso, a empresa alugaria áreas em aeroportos brasileiros para a criação de um lounge que poderia ser utilizado por passageiros de diversas aéreas. "Essa é uma tendência global", disse o diretor presidente da Swissport Brasil, Julio Ribas. "Os aeroportos não têm espaço suficiente para lounges exclusivos de cada companhia", acrescentou.

Aviação executiva

Um segmento de particular interesse é o de aviação executiva. "Estamos buscando a forma mais adequada para atender a aviação executiva. O Brasil tem crescido muito neste setor, e a expectativa é de que seguirá crescendo", comentou. De acordo com o mais recente Anuário Brasileiro de Aviação Geral, divulgado pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a frota de aeronaves da aviação geral (que inclui o segmento executivo, mas também aviões agrícolas, entre outros) recebeu 756 aeronaves em 2013, volume que corresponde a um aumento de 4,9% ante o ano anterior, para 14.648.

A expansão esperada para 2015 também virá do crescimento orgânico, proveniente do próprio aumento das operações das companhias aéreas. As principais empresas nacionais são clientes da Swissport, sendo que a GOL, sua principal cliente, representa 40% do faturamento e 50% do número de voos atendidos. A Azul é o segundo maior cliente. A associação setorial que reúne as principais empresas domésticas, a Abear, indicou, em janeiro, uma expectativa de expansão do mercado em 2015 da ordem de 5% a 6%.

A participação da Swissport de mercado de handling no Brasil é de 62%. A companhia está presente em 12 aeroportos - Belo Horizonte; Brasília; Manaus; Porto Alegre; Recife; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Salvador; Congonhas, Guarulhos e Viracopos, em São Paulo; e Vitória -, atende a 23 companhias aéreas, e possui 5,8 mil funcionários no País.

Canales destacou que no ano passado a operação brasileira passou por uma reestruturação, para melhoria dos processos e modernização de equipamentos e reforço na administração. "Investimos R$ 6 milhões", comentou, justificando a necessidade de estar atualizado para se manter competitivo sem perder margens. "É difícil fazer negócio quando a margem é apertada, como neste setor, que tem 80% de custo de pessoal. Precisa trazer o que há de melhor em processos e administração para sermos mais eficientes e ter a margem de ganho standard da companhia", disse.

O Brasil responde por cerca de 45% dos negócios da empresa na América Latina, onde a companhia em 13 países da região e Caribe, incluindo Argentina, Chile, Equador, México, Peru, Venezuela, Trinidad Tobago, República Dominicana, Aruba e Curaçao. Para a região, a projeção é de crescimento de 15%, impulsionada por novas operações, absorvidas com a incorporação da Servisair, e potencial atração de novos clientes.

Além disso, a companhia também prevê aquisições e está em fase adiantada de negociações para uma compra no México. Um futuro passo seria a entrada nos mercados da Colômbia e do Panamá, origem de duas grandes aéreas regionais - a Avianca e a Copa, respectivamente - para as quais a empresa já trabalha no Brasil. "Mas isso pode ficar para os próximos anos", disse Canales.

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