Negócios

Suzano vai usar parte da captação para reduzir custo da dívida

A empresa anunciou nesta segunda-feira a conclusão da operação de captação de um bilhão de reais com a emissão certificados de recebíveis do agronegócio

Suzano: na semana passada, Suzano e Fibria anunciaram que vão elevar preços para clientes na Ásia em 20 dólares a tonelada a partir de dezembro (Germano Luders/Site Exame)

Suzano: na semana passada, Suzano e Fibria anunciaram que vão elevar preços para clientes na Ásia em 20 dólares a tonelada a partir de dezembro (Germano Luders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 21h20.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose quer usar parte dos recursos captados nesta segunda-feira para recomprar papéis no mercado e reduzir o custo médio da dívida, diante de um cenário desafiador para o setor, disse à Reuters um executivo da companhia.

A empresa anunciou nesta segunda-feira a conclusão da operação de captação de um bilhão de reais com a emissão certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), lastreada em notas de crédito a exportação da companhia.

"Vamos empregar recursos (da captação) com projetos verdes que já fazem parte do dia a dia da empresa", disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da Suzano, Marcelo Bacci. "Mas também podemos substituir outras dívidas mais caras", acrescentou.

Um dos usos dos recursos pode ser o pagamento de uma aquisição de terreno feita pela companhia há algumas semanas, no valor de 245 milhões de dólares.

A captação, lastreada em notas de crédito a exportação da Suzano, tem vencimento em oito anos, com juros semestrais equivalentes a 96 por cento do CDI.

Segundo Bacci, a companhia está zelando pela manutenção de um custo adequado da dívida e um caixa elevado, diante de um cenário mais adverso para o setor no âmbito internacional.

Na semana passada, Suzano e Fibria anunciaram que vão elevar preços para clientes na Ásia em 20 dólares a tonelada a partir de dezembro, em meio à avaliação de que as condições do mercado estão favoráveis para isso.

"Aumentamos os preços agora, mas o cenário ainda é desafiador", disse Bacci.

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