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Suzano espera conter despesas já no segundo trimestre

No primeiro trimestre, a Suzano teve queda de quase 42 % no lucro líquido sobre um ano antes


	Mudas de eucalipto na Fazenda Estrela, da Cia Suzano de Papel e Celulose: o diretor de Operações da Suzano, Ernesto Pousada Júnior, acrescentou que os preços de madeira devem continuar num nível alto.
 (Bia Parreiras)

Mudas de eucalipto na Fazenda Estrela, da Cia Suzano de Papel e Celulose: o diretor de Operações da Suzano, Ernesto Pousada Júnior, acrescentou que os preços de madeira devem continuar num nível alto. (Bia Parreiras)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 15h19.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose espera redução de custos operacionais e financeiros já no segundo trimestre deste ano, indicou o presidente da empresa, Walter Schalka, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

Segundo ele, o resultado financeiro deve ser beneficiado pelo pré-pagamento de debêntures, reduzindo os desembolsos com juros sobre a dívida.

No primeiro trimestre, a Suzano teve queda de quase 42 % no lucro líquido sobre um ano antes, apesar do aumento da receita líquida e da geração de caixa. A linha final foi afetada por um resultado financeiro negativo de 80 milhões de reais, contra 88 mil reais positivos em igual etapa de 2012.

No front operacional, Schalka disse que o Conselho de Administração da empresa já aprovou a implementação de quatro novos projetos que devem auxiliar na redução de despesas e estão no início da execução.

"Estruturalmente, a Suzano tem condição de ser uma empresa referência em custo. Precisamos fazer alguns investimentos industriais, mas temos oportunidade de redução de custo florestal, custo variável em todas as nossas plantas", afirmou.


Entre os projetos, está a implementação de uma caldeira de biomassa em Mucuri (BA), que irá reduzir o consumo de óleo, a conexão da rede de energia na mesma unidade e a instalação de um digestor na unidade de Suzano (SP). O executivo, porém, não quis dar estimativas de economia com os projetos.

Capim branco

Em teleconferência com jornalistas, Schalka disse que a Suzano deve receber nas próximas semanas os 320 milhões de reais pela venda de sua participação no Consórcio Capim Branco Energia para Vale e Cemig.

"É esse valor que esperamos receber nas próximas semanas. Vamos ter que pagar energia de consumo de abril e descontar esse valor que não é relevante. Todo o restante vamos receber nas próximas semanas." A Suzano assinou o acordo definitivo para venda de sua fatia no Consórcio Capim Branco Energia em meados de março. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), segundo Schalka.

Madeira

O diretor de Operações da Suzano, Ernesto Pousada Júnior, acrescentou que os preços de madeira devem continuar num nível alto.

"O custo da madeira pelos próximos dois anos deve continuar em patamares elevados. Mas apesar de termos outras paradas, no segundo trimestre não temos parada em Mucuri ou Limeira, que são os componentes principais do custo caixa", disse ele.

A unidade de Mucuri sofreu uma parada para manutenção no primeiro trimestre, enquanto a de Limeira terá sua parada no terceiro trimestre.

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