Negócios

Super Bowl 50 deve movimentar mais de US$ 1 bilhão

Cifra astronômica do famoso evento esportivo americano será movimentada apenas na região de São Francisco, que recebe a final do campeonato


	Um helicóptero militar sobrevoa os arredores do estádio que irá sediar a final do campeonato em Santa Clara
 (REUTERS/Mike Blake)

Um helicóptero militar sobrevoa os arredores do estádio que irá sediar a final do campeonato em Santa Clara (REUTERS/Mike Blake)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2016 às 16h54.

São Paulo - Santa Clara, a 50 km de São Francisco, na Califórnia, vive neste domingo um dos dias mais importantes de sua história com a decisão do Super Bowl 50 entre Carolina Panthers e Denver Broncos. Sem um favorito destacado, o que chama atenção é a fábula de milhões de dólares que o jogo de futebol americano vai movimentar.

O investimento de US$ 1,2 bilhão (R$ 2,76 bilhões, na cotação da época), gasto na construção do estádio em 2014 para receber a decisão da temporada 2015/2016, deve provocar um de impacto econômico de U$ 800 milhões na região, segundo expectativa da NFL, entidade responsável pelo Super Bowl.

E mais cidades parecem interessadas em abrir os cofres para receber a partida. Daqui a dois anos, em 2018, a casa do Super Bowl será o novo estádio do Minnesota Vikings, o US Bank Stadium, que está sendo erguido a um custo de US$ 1,6 bilhão. O interesse não é para menos. O Super Bowl 50 será o evento esportivo mais caro da história dos Estados Unidos.

Segundo um levantamento feito site de venda de ingressos SeatGeek e divulgado pela CNN, o preço médio do ingresso para a decisão é de US$ 4.957, superando o antigo recordista a luta de boxe entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao (cuja média foi de US$ 4.672). O ingresso do setor mais caro, localizado próximo da linha de 50 jardas, custou mais de US$ 20 mil. O mais barato saiu por US$ 900.

Já para a NFL, o benefício é milionário. O evento mais assistido dos Estados Unidos tem o tempo de comercial mais caro e concorrido da televisão norte-americana. Neste ano, o segundo para divulgar a sua marca nos intervalos custará US$ 166 mil. Para 30 segundos durante a partida as empresas gastarão US$ 5 milhões (R$ 20 milhões).

Mas nem tudo é tão lucrativo. Há uma discussão se realmente vale a pena arcar com os custos para sediar o Super Bowl. Em São Francisco, que não é sede da partida, os contribuintes vão arcar com cerca de US$ 4,8 milhões, decorrentes das despesas adicionais para departamentos como polícia e bombeiros devido ao evento na vizinha Santa Clara. O comitê organizador do Super Bowl vai cobrir apenas US$ 104 mil dos gastos de São Francisco.

A cidade sede vai gastar US$ 3,6 milhões com o evento, que deverão ser recuperados com as empresas que compõe o comitê que trouxe o Super Bowl 50 parta Santa Clara.

O JOGO - Dentro de campo, a cabeça dos jogadores vai estar longe do dinheiro. O time do Broncos, que sofreu na decisão da AFC contra o New England Patriots, terá pela frente um desafio semelhante ao que encarou em seu último Super Bowl: um quarterback jovem, que gosta de optar pelas corridas em um time que parece quase imbatível. Se há dois anos Russel Wilson e o Seattle Seahawks se deram bem, nesta temporada, provavelmente a última de Peyton Manning, a expectativa é que a experiência vença a juventude. Manning pode ser o mais velho quarterback campeão.

Do outro lado, o "Superman" Cam Newton pode consolidar sua entrada no hall dos grandes quarterbacks da NFL. Em sua quinta temporada no Panthers, o título viria para coroar um ano quase perfeito: em 18 jogos, contando a temporada regular e playoffs, obteve incríveis 17 vitórias, sendo derrotado apenas pelo Atlanta Falcons. Na decisão de conferência, atropelou (e provocou bastante, uma de suas marcas registradas) o Arizona Cardinals.

"Ele (Newton) teve um ano incrível", elogiou Manning na coletiva para imprensa antes da partida. "Não tenho dúvidas que ele será o MVP (o melhor do jogo). O que ele fez no curto espaço de tempo em que é um quarterback na NFL é sensacional. Ele tem sido sensacional. É a melhor palavra que eu posso usar", completou Manning.

Newton retribuiu aos elogios ao ser comparado com o craque de Denver. "Toda vez que você é comparado com Peyton Manning deve estar fazendo alguma coisa certa. Vou fazer com que valha a pena", afirmou o jovem jogador do Carolina Panthers.

Se há uma grande diferença de idade, há também semelhanças: os dois astros foram primeiras escolhas de draft quando se tornaram profissionais. Manning em 1998 entrava na NFL quando Newton tinha apenas nove anos. Independentemente do resultado, hoje será o fim de uma era e começo de outra.

NO BRASIL - Mesmo em pleno domingo de carnaval, o Super Bowl 50 deve ser a edição da partida mais vista pelos brasileiros em todos os tempos. Pelo menos é essa a expectativa da ESPN, único canal do País que vai transmitir a grande final.

"O fã de esporte passou a entender e a gostar do jogo. E não é um esporte simples. Investimos por muito tempo em uma transmissão mais didática. E tudo isso acabou gerando resultados. Nesse ano os números têm sido recorde de audiência de NFL no Brasil e esperamos manter esse recorde de audiência", explicou o diretor-geral da ESPN no Brasil, German Hartenstein.

Acompanhe tudo sobre:EsportesEstados Unidos (EUA)EventosPaíses ricosSuper Bowl

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade