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SulAmérica, Totvs, BRF: 10 maiores altas e baixas do Ibovespa em fevereiro

Índice registra o terceiro mês consecutivo de ganhos e sobe quase 8% no ano; Qualicorp recua 26%

Painel de cotação da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotação da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 19h13.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 19h41.

Dividido entre a guerra na Ucrânia e o fluxo positivo do investidor estrangeiro para o Brasil, o Ibovespa fechou o mês de fevereiro em alta de 0,88%. No ano, o índice sobe 7,94%. Porém, mesmo com a alta recente, apenas 37 das 93 ações do índice fecharam o mês no positivo.

O grande destaque de alta em fevereiro foram os papéis da SulAmérica (SULA11), que dispararam 40,52% no mês — com quase toda a alta registrada apenas nos últimos três dias. A disparada das ações coincide com a notícia de que a quarta maior empresa do mercado brasileiro de seguro saúde, com valor de mercado de R$ 13,2 bilhões, foi adquirida pela Rede D’Or (RDOR3).

O negócio ainda precisa de aprovações regulatórias, mas já foi aprovado pelos conselhos de administração das duas empresas. Os analistas veem a operação com bons olhos, esperando boas sinergias da entrada da Rede D’Or no mercado de seguros. A aquisição se daria por meio de troca de ações.

“Com este movimento, Rede D’Or aumenta claramente seu mercado total endereçável, ingressando em uma indústria muito maior [cerca de três vezes a do mercado hospitalar], enquanto sua liderança no ramo hospitalar cria grandes oportunidades de receita na frente de seguros”, afirmaram, em relatório, analistas do BTG Pactual liderados por Samuel Alves. 

As ações da Rede D’Or sobem 16,33% no mês e também estão entre as dez maiores altas do período.

Outros papéis que estão entre as maiores altas do mês são os da Totvs (TOTS3). As ações subiram 22,36% em fevereiro, reagindo aos resultados apresentados no quarto trimestre de 2021. A empresa reportou lucro líquido consolidado de R$ 125,8 milhões, montante 30,9% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. No ano, o lucro da Totvs subiu 26,8% em relação a 2020, chegando a R$ 368,4 milhões.

O resultado levou analistas do Itaú e do Bank of America a elevar o preço-alvo para as ações da Totvs, o que deu ainda mais força para as ações.

Ainda impactada pela temporada de balanços, a BRF (BRFS3) recuou 26,77% e ficou entre as maiores quedas de fevereiro. A companhia de alimentos reportou um lucro líquido de R$ 932 milhões no quarto trimestre de 2021, um ganho de 3,3% comparado ao ano anterior. No acumulado anual, no entanto, o lucro líquido da BRF caiu 68,5% na comparação com 2020, para R$ 437 milhões.

A empresa também ficou nos holofotes após a concorrente Marfrig (MRFG3) assumir que pretende intervir na companhia. Quando a empresa de Marcos Molina adquiriu 33% da BRF, o discurso era de que não haveria intromissão nos negócios da rival. Porém, nesta semana, a empresa informou o mercado que pretende atuar na empresa.

Porém, o maior destaque de queda foram as ações da Qualicorp (QUAL3), que recuaram 26,93% no mês — e caíram 22% apenas no acumulado dos últimos dois pregões. Os papéis também reagiram à compra da SulAmérica (SULA11) pela Rede D’Or (RDOR3) — só que de forma bem mais negativa que os dois protagonistas da operação. 

Isso porque a rede hospitalar detém cerca de 30% da Qualicorp e é sua maior acionista. A grande questão com a operação é que existe uma resolução da ANS, a Agência Nacional de Saúde, determinando que administradores de benefícios e operadoras de planos de saúde não podem fazer parte do mesmo grupo.

Ainda não confirmado se a participação acionária da Rede D’Or na Qualicorp seria um impeditivo regulatório, mas a expectativa traz volatilidade para as ações.

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