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SulAmérica tem queda de 28% no lucro líquido

O resultado do período, segundo o presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, foi "bom", considerando o atual momento da economia brasileira

SulAmérica: o lucro foi de R$ 148,3 milhões (Divulgação)

SulAmérica: o lucro foi de R$ 148,3 milhões (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 19h11.

São Paulo - A SulAmérica registrou lucro líquido após participação de não controladores de R$ 148,3 milhões, cifra 28,3% menor em um ano, quando totalizou R$ 206,9 milhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 126,4 milhões, porém, foi identificado aumento de 17,3%.

O resultado do período, segundo o presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, foi "bom", considerando o atual momento da economia brasileira e também do mercado de seguros, que tem sido impactado pelo aumento da sinistralidade e desaceleração nas vendas.

Ele lembra ainda que eventos não recorrentes comprometeram a base de comparação do período. Se excluídos do terceiro trimestre do ano passado a majoração da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 15% para 20%, o resultado obtido com a venda de imóveis em propriedade da companhia e o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) por algumas controladas, o lucro teria crescido.

"Excluindo esses efeitos não recorrentes, o lucro líquido da SulAmérica teria crescido 6,7% no terceiro trimestre ante um ano e 3,2% no acumulado de 2016 até setembro. Mantivemos a trajetória dos trimestres anteriores, com melhoria da performance e equilibrando a sinistralidade em saúde na contramão do mercado", avaliou Portella, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

As receitas operacionais da companhia totalizaram R$ 4,445 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 6,8% em um ano. Em relação ao segundo trimestre, a alta foi de 7,8%.

Se considerados apenas os prêmios de seguros, o crescimento de julho a setembro foi de 7,4%, para R$ 4,280 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. No comparativo trimestral, cresceu 8,2%.

Manter esse ritmo para o fechamento do ano, de acordo com o presidente da SulAmérica, já será uma "ótima notícia". O executivo espera que 2017 seja um ano melhor que o atual caso os sinais positivos de melhora de confiança e expectativa de retomada da economia brasileira se materializem.

Quanto à sinistralidade, porém, Portella ainda vê impacto do segmento de automóvel, que tem sofrido com o aumento da frequência de roubo e furto e maior agressividade da concorrência em preço, no indicador.

No terceiro trimestre, a sinistralidade total da SulAmérica foi a 76,9%, piora de 0,9 ponto porcentual em um ano. Em relação aos três meses anteriores, entretanto, melhorou 0,6 p.p..

O índice combinado, que mede a eficiência operacional das seguradoras, melhorou 0,7 p.p. no terceiro trimestre ante um ano, para 99,8%. No comparativo trimestral, a melhora chegou a 1,5 p.p..Neste caso, quando menor, melhor. Acima de 100% indica prejuízo da operação.

A SulAmérica encerrou o terceiro trimestre com retorno recorrente (ROAE, na sigla em inglês) de 13,7%, queda de 3,6 p.p. em 12 meses e de 1,1 p.p. no comparativo trimestral.

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