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Bombardier está interessada no trem-bala brasileiro

O projeto do TAV está estimado em R$ 33 bilhões, com prazo de implementação de seis anos

Trem de alta velocidade em Paris (EXAME.com)

Trem de alta velocidade em Paris (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h45.

São Paulo - A subsidiária brasileira da canadense Bombardier Transportation, confirmou que está interessada no Trem de Alta Velocidade (TAV), que o governo federal levará a leilão no próximo dia 16 de dezembro. O cronograma da licitação prevê que as propostas dos grupos interessados sejam entregues na próxima segunda-feira, dia 29.

Segundo informou a assessoria de imprensa da companhia à Agência Estado, a empresa está bastante entusiasmada com a licitação.

O projeto do TAV está estimado em R$ 33 bilhões, com prazo de implementação de seis anos. O governo estima uma demanda de 32 milhões de passageiros por ano para o TAV, levando em consideração os deslocamentos regionais entre as nove possíveis estações do trajeto. O movimento deverá gerar receitas totais anuais de mais de R$ 2 bilhões.

A canadense, que já atua no País com a reforma de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), ganhou recentemente licitação do Metrô de São Paulo, em consórcio com as construtoras Queiroz Galvão e OAS, para projetar, fornecer e instalar 54 trens e 378 vagões para o projeto do monotrilho que ligará as estações da Vila Prudente e Cidades Tiradentes, em uma extensão de 24 quilômetros. O projeto está orçado em R$ 2,46 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão referente aos equipamentos que serão fornecidos pela Bombardier.

A nova linha, conhecida como Expresso Tiradentes, será uma extensão da Linha 2 do Metrô de São Paulo e terá a capacidade de transportar 40 mil passageiros por hora e por sentido no trajeto Vila Prudente - Cidade Tiradentes, beneficiando 500 mil usuários ao dia. O tráfego nessa linha de monotrilho, que terá 17 estações, será gerido pelo sistema de sinalização e controlo automático, que permite que os trens circulem sem condutor.

O primeiro trem (7 carros) será construído na fábrica da empresa em Pittsburgh, Estados Unidos, e os restantes serão produzidos na planta industrial da Bombardier em Hortolândia, São Paulo. O término da fase 1 do projeto está programado para acontecer em 2014. Antes de iniciar a produção dos monotrilhos, prevista para ter início no primeiro trimestre de 2011, a Bombardier está treinando uma equipe de funcionários nos EUA. A empresa informa ainda que 70% das peças utilizadas nos trens são de fornecedores nacionais.

Para atender a nova encomenda, a empresa está ampliando a sua fábrica, localizada em Hortolândia, no interior de São Paulo, dos atuais 10 mil metros quadrados para 20 mil metros quadrados. A empresa não divulga qual o montante a ser investido. O número de funcionários passará dos atuais 200 para 600 pessoas.

Além do TAV, a companhia também tem interesse em fornecer equipamentos para outros projetos no Brasil, como os monotrilhos previstos para Santos, Rio de Janeiro e Recife, além de outros projetos em países da América do Sul.

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