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Acordo de US$13 bilhões entre EUA e JPMorgan

A quantia final do acordo é a mais alta já alcançada por um acordo amistoso com autoridades por uma empresa para evitar julgamentos


	JPMorgan: banco reservou mais de 9 bilhões de dólares no terceiro trimestre para poder pagar este acordo amistoso, que negocia há meses
 (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

JPMorgan: banco reservou mais de 9 bilhões de dólares no terceiro trimestre para poder pagar este acordo amistoso, que negocia há meses (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 18h27.

O Departamento norte-americano de Justiça (DoJ) alcançou um acordo amistoso de 13 bilhões de dólares com o JPMorgan Chase para pôr fim a ações contra o banco pelos casos de derivativos de empréstimos hipotecários de alto risco (subprime), informou à AFP nesta terça-feira uma fonte oficial.

A quantia final do acordo é a mais alta já alcançada por um acordo amistoso com autoridades por uma empresa para evitar julgamentos.

O acordo inclui US$9 bilhões em pagamentos às autoridades e US$4 bilhões em indenizações a clientes, disse o procurador-geral, Eric Schneiderman.

Os empréstimos "subprime", concedidos a pessoas sem capacidade de pagamento no longo prazo, são a origem da crise financeira que culminou em 2008 com a quebra do banco Lehman Brothers e que fez os mercados financeiros e de crédito desabarem no mundo. Os Estados Unidos entraram em recessão e milhões de norte-americanos perderam suas casas durante a crise.

JPMorgan Chase, o maior banco norte-americano em volume de ativos, assim como suas filiais compradas em 2008, Bear Stearns e Washington Mutual, foram acusadas de ter vendido derivativos de créditos hipotecários de risco a investidores e organismos públicos como Fannie e Freddie, sem revelar o alto nível de risco desses produtos.

O banco reservou mais de 9 bilhões de dólares no terceiro trimestre para poder pagar este acordo amistoso, que negocia há meses.

Isso levou o total de suas reservas para fins jurídicos a 23 bilhões de dólares e colocou as contas da instituição no vermelho entre julho e setembro. Foi sua primeira perda trimestral em 10 anos.

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