Negócios

Stone abocanha 7% do mercado brasileiro de adquirência

Credenciadora de cartões obtém licença do Banco Central para atuar como fintech de crédito e conceder empréstimos com dinheiro próprio

Mais maquininhas no mercado: a base ativa de clientes da Stone aumentou 80% para 360 mil no segundo trimestre (Stone/Divulgação)

Mais maquininhas no mercado: a base ativa de clientes da Stone aumentou 80% para 360 mil no segundo trimestre (Stone/Divulgação)

NF

Natália Flach

Publicado em 14 de agosto de 2019 às 17h53.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 17h31.

São Paulo - Mesmo com o acirramento do setor de adquirência, a credenciadora de cartões Stone registrou avanço de 173% em seu lucro líquido, que passou de 63 milhões de reais no segundo trimestre de 2018 para 172 milhões de reais no mesmo período de 2019. As receitas também subiram 69% para 586 milhões de reais.

O resultado positivo se deu com aumento da base ativa de clientes que chegaram a 360 mil, um aumento de 80% em relação ao mesmo período de 2018. O que consequentemente também elevou o volume de transações que passam pelas maquininhas verdes, que passou de 18,5 bilhões de reais para 29,8 bilhões de reais no trimestre. Com isso, a Stone superou a marca de 100 bilhões de reais transacionados em 12 meses, o que representa que a credenciadora passou a deter 7% do mercado brasileiro de adquirência.

A oportunidade de fornecer financiamento às pequenas e médias empresas — tanto via pré-pagamento quanto por meio de crédito — é enorme. Tanto é que, desde que começou a oferecer soluções de crédito, em março de 2019, a Stone já concedeu empréstimo para 3 mil clientes. Até julho, o total desembolsado superava 50 milhões de reais. "Acreditamos que temos cerca de 1% de participação de mercado nessa oferta específica no Brasil", afirma Thiago Piau, CEO da Stone, no relatório de resultados.

Recentemente, a Stone obteve licença do Banco Central para operar como uma fintech de crédito — mais especificamente, como Sociedade de Crédito Direto (SCD) — usando capital próprio. Além disso, a credenciadora continua expandindo o piloto do banco, testando novas funcionalidades e serviços. Dessa forma, alcançou 10 mil contas abertas no fim do segundo trimestre.

Piau acrescenta que os resultados demonstram que a companhia tem um relacionamento sólido com a base de clientes. "Somos capazes de mantê-la mesmo em momentos em que a indústria está somente focada em preços. Como resultado de mais investimentos nas nossas operações, conseguimos ter incremento recorde no número de clientes (51 mil) e continuamos ganhando fatia de mercado", escreveu .

"Nossa visão de longo prazo é oferecer aos comerciantes uma ampla gama de serviços que eles precisam para iniciar, administrar e expandir seus negócios, seja online ou offline. Estamos construindo um ecossistema de soluções que vão desde serviços financeiros e software de gerenciamento até ferramentas que aprimoram a capacidade dos comerciantes de vender online, bem como suporte operacional", acrescenta.

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