Wesley Batista: o empresário está a obrigação de usar tornozeleira eletrônica (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 19h39.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 20h11.
Brasília - Por 3 votos a 2, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu revogar nesta terça-feira a prisão preventiva decretada desde setembro contra o empresário Wesley Batista, ligado ao grupo J&F, por uso de informação privilegiada.
O irmão dele, Joesley Batista, foi beneficiado pela mesma decisão, mas vai seguir preso, porque há outra ordem de prisão preventiva contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no caso da omissão de informações da delação premiada de executivos da J&F, controladora do grupo JBS.
Os dois haviam se tornado réus em outubro passado sob acusação do Ministério Público Federal de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado, a partir de dados da delação premiada que firmaram com a Procuradoria-Geral da República, para obterem ganhos no mercado financeiro.
A Turma do STJ definiu que Wesley terá de cumprir seis medidas cautelares diversas da prisão: comparecimento periódico em juízo no prazo e nas condições fixadas pelo juiz; proibição de acesso ou frequência a determinados lugares para evitar o risco de novas infrações; proibição de manter contato com algumas pessoas; proibição de ausentar-se da comarca; suspensão do exercício de função pública; e monitoração eletrônica.
Consultada, a J&F afirmou que não comentaria o assunto.