Statoil: campo de Peregrino é o único, dos 11 sob concessão, onde empresa produz no Brasil (Kristian Helgesen/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 18h06.
Rio - A petroleira norueguesa Statoil vai informar neste mês à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sua intenção de agregar ao campo de Peregrino, na Bacia de Campos, a área de Pitangola.
O nome técnico do documento que será entregue à agência é compromisso de individualização da produção, que no jargão do setor de petróleo é conhecido como processo de unitização.
Na prática, é a inclusão de uma nova reserva comercial em uma área já sob concessão da petroleira.
O campo de Peregrino é o único, dos 11 sob concessão, onde a Statoil produz no Brasil, em parceria com a chinesa Sinochem.
A primeira possui 60% da área e a segunda, os demais 40%. Atualmente, há duas plataformas instaladas na área, sendo uma delas do tipo navio-plataforma (FPSO), com capacidade de produzir e armazenar o petróleo.
Ao todo, as duas plataformas somam 100 mil barris por dia. Uma terceira unidade deve ser instalada em breve para atender não só à inclusão de Pitangola, como áreas de Peregrino hoje inatingíveis, por limitação das plataformas já instaladas.
Em seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas, o presidente da petroleira, André Jacques de Paiva Leite, reclamou do atual modelo de exploração do pré-sal, em que a Petrobras é a única operadora na área.
A mesma reclamação partiu do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), João Carlos de Luca.