Funcionário da Statoil em uma plataforma: petroleira decidiu não participar do leilão de Libra porque já tem um portfólio robusto espalhado pelo mundo (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2013 às 17h17.
Rio de Janeiro - A norueguesa Statoil avalia se o reservatório do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, se estende para uma área vizinha na qual também opera, o que poderia resultar no futuro na ampliação da capacidade produção do campo, afirmou um executivo da petroleira nesta terça-feira.
Um estudo sobre a extensão do reservatório está em andamento e ainda não tem prazo para terminar, disse o vice-presidente de relações públicas da Statoil, Mauro Andrade.
O campo vizinho, o BM-C-47, pertence ao mesmo consórcio que atua em Peregrino, formado pela Statoil (60 por cento) e a chinesa Sinochem ( 40 por cento).
"Isso sem dúvida facilita qualquer negociação", afirmou o executivo durante evento sobre energia no Rio de Janeiro.
O executivo afirmou que se os estudos da extensão do reservatório forem positivos, a produção de Peregrino pode ser ampliada no futuro.
"Vamos entrar com um pedido na ANP de anexação desse campo adjacente... o reservatório de Peregrino se estende um pouco para o BM-C-47. Onde estamos hoje é o que a gente chama de Peregrino main (principal) e o que estudamos é o Peregrino fase 2", acrescentou.
Andrade acrescentou que o consórcio já conta com duas plataformas fixas e um FSPO operando em Peregrino e, no futuro, caso haja a anexação do campo vizinho, o grupo poderia adicionar ao sistema de produção mais uma plataforma fixa conectada ao sistema existente.
"Estamos olhando um melhor desenho dessa plataforma e formas de otimizar o capex (investimento)." 12a RODADA A petroleira norueguesa, que não tem operação em terra no Brasil, está analisando participar da 12a segunda rodada da ANP, quando serão ofertados 240 blocos de áreas exploratórias de gás em terra, com potencial de gás natural e não convencional. Nos EUA, a Statoil já produz óleo e gás de xisto, ou não convencional.
Sobre o leilão de Libra, Andrade afirmou que a petroleira decidiu não participar do certame porque já tem um portfólio robusto espalhado pelo mundo e o campo demandaria elevados investimentos nos próximos anos.
"A gente está com muitos projetos no mundo inteiro e Libra é um projeto de muita magnitude... e não dá para pensar em acomodar no portfólio".