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Startup de saúde mental de Selena Gomez atrasa salários e enfrenta risco de colapso

Wondermind, avaliada em US$ 100 milhões, deixou de pagar funcionários e freelancers e depende agora de um empréstimo pessoal para seguir operando, segundo a Forbes

Selena Gomez: startup de saúde mental da cantora passa por momentos complicados (Presley Ann/Getty Images for DAOU Vineyards/Getty Images)

Selena Gomez: startup de saúde mental da cantora passa por momentos complicados (Presley Ann/Getty Images for DAOU Vineyards/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de maio de 2025 às 09h09.

As coisas não andam bem para a startup de saúde mental da atriz, cantora e empresária Selena Gomez.

Segundo a Forbes, a Wondermind, startup de saúde mental cofundada por Gomez, vive sua pior crise desde a fundação, em 2021. Funcionários, freelancers e fornecedores da empresa com sede em Los Angeles relatam salários atrasados desde março e dívidas que podem ultrapassar centenas de milhares de dólares.

A operação, que emprega cerca de 15 pessoas, está sendo mantida por um empréstimo pessoal da CEO Mandy Teefey — mãe de Gomez — que hipotecou sua casa para cobrir parte dos compromissos financeiros da empresa.

A Wondermind surgiu com a proposta de tratar saúde mental de forma acessível, por meio de conteúdos como entrevistas, podcasts e artigos. A startup chegou a levantar US$ 5 milhões em uma rodada Série A, em 2022, com valuation de US$ 100 milhões, com aportes de fundos como Serena Ventures (de Serena Williams), Sequoia Capital e Lightspeed Ventures.

Mas, segundo relatos de funcionários obtidos pela Forbes, a situação financeira da empresa se deteriorou rapidamente após janeiro de 2023, quando Teefey assumiu sozinha o comando da operação.

A cofundadora Daniella Pierson, criadora do The Newsette, deixou o cargo de co-CEO sem explicação pública. Com Teefey no controle, decisões estratégicas controversas — como a recusa de parcerias que envolviam a imagem de Gomez — contribuíram para a crise.

Crise de confiança e promessas não cumpridas

Em e-mails e reuniões internas, a CEO atribuiu os atrasos salariais a dificuldades para fechar a rodada Série B, que estaria com cerca de US$ 8 milhões já comprometidos, mas sem datas confirmadas. Em um esforço emergencial, Teefey hipotecou sua residência para pagar parte da folha e dívidas com fornecedores.

Entre os credores, estão agências de relações públicas, redatores freelancers e provedores de serviços médicos, já que os funcionários perderam acesso aos planos de saúde sem aviso prévio. O pagamento referente ao final de março foi feito apenas em abril, e desde então, novos atrasos voltaram a ocorrer — inclusive em 30 de abril, último ciclo de pagamento previsto.

Apesar do cenário, um porta-voz da empresa afirma que “a situação foi retificada” e que todos os pagamentos pendentes seriam feitos até esta segunda-feira. Segundo a empresa, a Wondermind está "entrando em um novo capítulo" e continuará sua missão de promover o “fitness mental”.

Gomez, listada como chief impact officer no site da startup, não participa ativamente das decisões da empresa, segundo os próprios funcionários. “Temos que negociar com o agente dela para conseguir um post no Instagram. Em três anos, ela só nos encontrou uma vez”, disse um dos colaboradores à Forbes sob anonimato.

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