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Starbucks dobrará empréstimos para produtores de café

A empresa comprometerá mais US$ 30 milhões para seu programa Global Farmer Fund, que estreou em 2008

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 14h26.

A Starbucks Corp. mais do que dobrará o tamanho de um programa de empréstimos para produtores rurais criado pela empresa há sete anos para ajudar a preservar seu fornecimento de café vindo de fontes éticas.

A empresa comprometerá mais US$ 30 milhões para seu programa Global Farmer Fund, que estreou em 2008 e forneceu US$ 20 milhões em créditos a mais de 40.000 produtores rurais em oito países. A nova injeção de dinheiro será realizada até 2020, disse a Starbucks, com sede em Seattle, em um comunicado na segunda-feira.

“Os bancos comerciais locais nunca assumiriam o risco de fazer esse tipo de empréstimos”, disse Craig Russell, vice-presidente executivo mundial de café da Starbucks. “Como torrefadores responsáveis, quisemos garantir que esses produtores terão plantas excelentes”.

Por enquanto, a maioria dos empréstimos tem sido de curto prazo, o que ajuda os produtores a aproveitar os intervalos entre as colheitas fornecendo capital para necessidades como pás e fertilizante. Agora, a Starbucks quer financiar empréstimos de até sete anos para que os produtores rurais possam investir em infraestrutura e lidar com os desafios causados pela mudança do clima, disse Russell.

Embora muitos dos produtores que recebem os empréstimos sejam fornecedores da Starbucks, isso não é requisito para participar do programa. Os primeiros US$ 20 milhões investidos pela Starbucks foram distribuídos pela Root Capital e pelo Fairtrade Access Fund. Normalmente, os produtores pagam cerca de 10 por cento de juros sobre os créditos e a Root Capital retorna uma média de 1 por cento a 3 por cento a investidores como a Starbucks, segundo Liam Brody, vice-presidente sênior da Root.

A Root, fundada há quinze anos, distribuiu cerca de US$ 1 bilhão em empréstimos para produtores rurais em vários setores, com foco em café, caju e cacau, disse Brody. Sem esse tipo de empréstimos, os produtores de café não obteriam capital a preços acessíveis para investir em seus negócios, disse ele.

“Muitos deles estariam pagando de 50 por cento a 75 por cento a agiotas”, disse ele. “Estamos oferecendo algo que é competitivo com a taxa do mercado”.

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