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SsangYong projeta vender 3 mil veículos no Brasil em 2018

A volta da SsangYong é o primeiro indicativo do esperado aumento das importações de veículos pelo Brasil a partir de 2018

SsangYong: "O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, é importante para nós", disse o executivo (foto/Divulgação)

SsangYong: "O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, é importante para nós", disse o executivo (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 17h41.

São Paulo - A montadora sul-coreana de utilitários esportivos e picapes de alto padrão SsangYong estimou nesta quinta-feira vendas de 3 mil veículos no Brasil em 2018, ano que marcará a segunda tentativa da marca de se firmar no mercado nacional.

Representantes da companhia, que venderá os veículos no Brasil por meio da importadora brasileira Venko Motors, afirmaram nesta quinta-feira que a volta ao Brasil é decorrente da estabilização do câmbio, da postura mais favorável a negócios do governo e fim do regime Inovar Auto no final deste ano.

A montadora, rival menor das sul-coreanas Hyundai e Kia, que parou de vender carros no país em 2015 em meio à crise do mercado brasileiro e dificuldades do parceiro importador anterior, "jamais pensou em abandonar o Brasil", disse o diretor de exportações da SsangYong, Jong Dae Lee, a jornalistas.

"O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, é importante para nós", acrescentou o executivo da SsangYong, que tem no Chile seu maior mercado na América do Sul atualmente, com vendas de 7 mil unidades em 2016.

A volta da SsangYong é o primeiro indicativo do esperado aumento das importações de veículos pelo Brasil a partir de 2018, quando o regime Inovar Auto será encerrado. O regime, instaurado em 2012, elevou em 30 pontos percentuais a carga tributária sobre veículos importados e obrigou montadoras a ampliarem etapas produtivas no país, exigindo mais investimentos das companhias.

Segundo a associação de montadoras de veículos Anfavea, a participação dos veículos importados no total de vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil em 2018 deve subir dos atuais 10 por cento para cerca de 15 por cento.

SsangYong e Venko não revelaram investimentos no retorno da marca ao país. Mas o diretor de operações da Venko e da SsangYong Brasil, Marcelo Fevereiro, afirmou que o objetivo da sul-coreana é "ser competitiva em preços" e usar os 17 mil compradores dos carros da marca entre 2001 e 2015 como base para retomada da confiança dos consumidores.

Os executivos afirmaram que os compradores de veículos SsangYong voltarão a ter assistência da marca no Brasil, apesar dos modelos vendidos até 2015 não serem mais comercializados pela companhia.

Se alcançar a venda de 3 mil veículos no fim de 2018, a SsangYong ficaria entre as 10 maiores marcas de comerciais leves do país, com base em números de 2016 da associação de concessionários Fenabrave. A empresa ficaria atrás da japonesa Nissan, que em 2016 teve vendas de 3.600 veículos na categoria formada por SUVs, picapes e vans comerciais.

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