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Spotify e Warner devem fechar acordo sobre royalties até setembro

Apesar de questões importantes já terem sido acertadas entre as empresas, a plataforma de música precisa definir pontos-chave para aumentar sua receita

Spotify: a empresa enfrenta a crescente concorrência de atores que podem subsidiar o negócio de música com o dinheiro que fazem em outros negócios (David Paul Morris/Bloomberg)

Spotify: a empresa enfrenta a crescente concorrência de atores que podem subsidiar o negócio de música com o dinheiro que fazem em outros negócios (David Paul Morris/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2017 às 11h21.

Última atualização em 24 de julho de 2017 às 11h31.

Londres - A empresa de transmissão de música pela Internet Spotify está perto acertar um acordo de licenciamento com a Warner Music, o último grande acordo de royalties com gravadora que precisa antes de avançar com uma oferta pública de ações nos Estados Unidos, disseram quatro fontes familiares com a situação.

As partes estão otimistas de que um acordo possa ser assinado até setembro. Já foram acertadas questões importantes, como dar à Spotify uma divisão de receita mais favorável em troca de tornar novos álbuns acessíveis por um período definido apenas para os assinantes pagantes, disseram as fontes.

No entanto, a divisão precisa das receitas e o tamanho de um potencial pagamento antecipado garantido para o selo da Warner, que abriga artistas como Ed Sheeran e Muse, ainda não foram combinados, disseram duas das fontes.

"As negociações estão em uma encruzilhada", disse uma das fontes, acrescentando que as discussões estavam ocorrendo diariamente.

"Ainda há uma série de pontos-chave que devem ser acertados. Se conseguimos chegar a um acordo sobre esses pontos, isso poderia levar a uma transação muito rápida. Caso contrário, qualquer acordo permanecerá distante."

Outros acreditam que um acordo possa ser firmado no fim do terceiro trimestre.

"Tendo em vista o progresso das negociações, eu ficaria surpreso se a gente não tivermos um acordo em setembro" disse outra fonte do lado oposto na mesa de discussões.

O Spotify cresceu em menos de uma década para se tornar o serviço streaming de música mais popular do mundo, mas sua sustentabilidade financeira depende da sua capacidade de fechar contratos de licenciamento de música com taxas de royalties menos onerosas.

O serviço básico do Spotify é gratuito e sustentado por publicidade, enquanto os usuários pagantes desfrutam de uma audição ilimitada e outros recursos premium.

A empresa enfrenta a crescente concorrência de atores muito maiores, como Apple e Amazon, que podem subsidiar o negócio de música com o dinheiro que fazem em outros negócios.

A Spotify, que foi recentemente avaliada em 13 bilhões de dólares, está defendendo a divisão igual de receita, mas a Warner Music exige uma fatia de pelo menos 52 por cento dos royalties, em linha com outros selos de música, de acordo com as fontes.

Nos termos do acordo atual, o Spotify paga 55 por cento para a Warner. A Warner também está buscando receber um pagamento antecipado garantido, independentemente do crescimento das assinaturas, disse uma das fontes.

Em junho, o Spotify tinha 53 milhões de assinantes ou 40 por cento dos assinantes de streaming de música em todo o mundo, de acordo com a MIDiA Research., e mais de 140 milhões de usuários ativos, incluindo ouvintes gratuitos.

Em comparação, a Apple tinha em junho fatia de 19 por cento, ou 28,2 milhões de assinantes, ante 20 milhões em dezembro, enquanto a Amazon possuía 12 por cento, ou 16 milhões de usuários pagantes, de acordo com estimativa da MIDiA.

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