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Spas e clínicas se unem para enfrentar concorrência

Com o arrefecimento da economia, esse mercado precisa encontrar alternativas para manter o alto faturamento do setor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 10h58.

São Paulo - O setor de serviços, principalmente o voltado ao segmento de spas, viveu uma boa fase entre 2010 e 2011. Porém, com o arrefecimento da economia nos anos sequentes, esse mercado precisa encontrar alternativas para o faturamento do setor, com esforço, manter os R$ 370 milhões alcançados em 2013, segundo relatório da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas).

A solução do mercado para o seu iminente desaquecimento é a fusão entre a gama de serviços oferecidos em spas, antes dedicados apenas aos procedimentos de relaxamento e bem-estar, com os de clínicas estéticas, voltados à beleza e aparência.

"Atualmente 90% destes estabelecimentos nascem ou se adaptam para atender os dois. O mesmo acontece com as (clínicas) estéticas, que estão passando a inserir tratamentos de relaxamento no portfólio assim como o conceito e ambientação dos spas urbanos", explica a diretora executiva da ABC Spas, Ana Paula Marques.

Tendência

A solução está se mostrando eficiente não só para os negócios, mas também para os consumidores. A empresária Ivana Dalla Zanna, proprietária do Omega 4, um estúdio para o corpo que nasceu como spa, identificou uma demanda reprimida por meio dos clientes. Aberto em 2011, o espaço atendia um público específico, já familiarizado com procedimentos de relaxamento e aulas de pilates.

"Depois de seis meses da inauguração diagnosticamos que os frequentadores, à medida que alcançavam os resultados desejados, gostariam de dar continuidade aos cuidados com o corpo e também com a aparência. Muitos deles até sugeriam que devíamos ter tratamentos de beleza", explica.

Com isso, Ivana investiu em pesquisas na região do bairro Paraíso, em São Paulo, onde o Omega 4 está localizado. "Nos primeiros meses, a procura aumentou em média 35%. Hoje, por incrível que pareça, a busca por tratamentos estéticos já está quase equilibrada com a de spa, que é só 10% maior", diz.

O faturamento do negócio, em média de R$ 44 mil mensais, não chegou a sofrer queda com o desaquecimento do setor de serviços e ainda consegue abocanhar a fatia de clientes que agora concentram no local mais de uma atividade.

"Hoje meus concorrentes são outros spas, clínicas estéticas e até academias por causa das aulas de pilates. Muitos clientes gostam do ambiente mais silencioso para se exercitar", analisa.

Situação semelhante a de Hilario Radra, fundador do Aum Universo em Movimento, um spa que não só passou a contemplar tratamentos estéticos, mas também de alimentação, com um restaurante especializado em refeições saudáveis.

De forma gradual, Radra, que só entrou no ramo depois de mudar radicalmente o estilo de vida e também o profissional, foi ampliando sua carta de serviços. Hoje o empreendimento atua em 13 diferentes núcleos.

"Como cliente, tinha que ir a vários lugares diferentes durante a semana. Quando larguei a publicidade para montar um negócio queria resolver essa logística para as pessoas que moram em uma capital", explica.

Está funcionando. O negócio cresceu 20% desde as implementações. Segundo Radra, 60% do movimento vem do spa, 20% de tratamentos estéticos e 20% do restaurante.

"É uma questão de pouco tempo para que as receitas se equilibrem. Quando o cliente atinge sua meta com tratamento de bem estar, a seguinte é ficar bonito", conclui.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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